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Cientistas dizem ter encontrado a primeira proteína extraterrestre em um meteorito

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O universo sempre foi um tema de grande interesse para nós. A totalidade do espaço ainda não foi entendida, mas existem coisas que os cientistas já conseguiram descobrir, entender em algum nível. Além disso, muitas coisas eles já conseguem até descrever. Além dos planetas que conhecemos e dos astros, que vemos constantemente nos céus, nosso sistema solar está repleto de outros corpos.

Uma das coisas já conhecidas são os meteoritos. Eles são quando os meteoroides são formados por fragmentos de asteroides, cometas ou restos de planetas desintegrados. Eles podem ter tamanhos variados, sendo desde uma simples poeira a corpos celestes, com quilômetros de diâmetro.

Nessa busca incessante dos pesquisadores sobre vida, pode ser que seja uma pista para se ver se a vida poderia surgir em outras partes do Sistema Solar. Eles usaram uma nova técnica de análise. Assim, os cientistas acham que encontraram uma proteína extraterrestre. Ela estava escondida dentro de um meteorito, que caiu em nosso planeta, há 30 anos.

Se eles conseguirem replicar esses resultados, essa proteína será a primeira a ser identificada que não foi formada na Terra. “Este artigo caracteriza a primeira proteína a ser descoberta em um meteorito“, escreveram os pesquisadores no seu artigo.

Meteoritos

Nos últimos anos, os meteoritos do sistema solar estão produzindo blocos de construção para a vida como nós conhecemos. Coisas como o cianeto, que tem um papel na construção de moléculas, que são necessárias para a vida. A ribose também, que é um tipo de açúcar encontrado no RNA. Além de aminoácido, compostos orgânicos que formam proteínas.

Os pesquisadores olharam de novo os meteoritos que produziram o último objeto. A equipe, que foi liderada pelo físico Malcolm McGeoch, concentrou sua busca em algo a mais.

Eles usaram uma espectrometria de massa de última geração. O que eles acharam foi uma proteína no meteorito, chamado Acfer 086. Esse meteorito foi encontrado na Argélia, em 1990.

Essa descoberta não é uma prova de que criaturas extraterrestres existem. Mas a descoberta da proteína faz com que mais um dos blocos de construção da vida tenha sido encontrado, em uma rocha espacial. Os processos que podem produzir uma proteína são vários. Mas a vida, até onde é sabido, não pode existir sem ela.

“Em geral, eles estão pegando um meteoro que foi preservado por um museu e analisado anteriormente. E estão modificando as técnicas que estão usando para poder detectar aminoácidos dentro desse meteoro, mas em uma taxa de sinal mais alta”, disse Chenoa Tremblay, astrônoma e química da CSIRO Astronomy & Space Science na Austrália.

Além de terem encontrado o aminoácido glicina com um sinal mais forte, a equipe descobriu que ele estava ligado a outros elementos, como por exemplo, o ferro e o lítio. E quando os pesquisadores fizeram modelagem para ver o que estava acontecendo, eles descobriram que a glicina não estava isolada. Mas sim, que fazia parte de uma proteína.

Proteína

Eles deram o nome à ela de hemolitina recém-descoberta. Estruturalmente, a hemolitina é parecida com as proteínas terrestres. Mas a sua proporção de deutério, em relação ao hidrogênio, não foi correspondida por nada em nosso planeta. E ela é consistente com cometas de longo período.

Com isso, os pesquisadores sugerem que a estrutura observada como proteína tem origem extraterrestre. E que ela foi formada no disco proto-solar há 4,6 bilhões de anos.

Mas eles também ressaltam que a descoberta pode não se tratar de uma proteína. Essa pode ser a explicação mais provável, mas também é possível que essa descoberta seja realmente um polímero. Que é uma classe de moléculas grande de onde as proteínas são apenas uma.

“Acho isso realmente emocionante. Acho que tem muitas implicações realmente interessantes e muitos argumentos convincentes. E acho que é realmente um grande passo adiante”, ressaltou Tremblay.

Os próximos passos que a pesquisa pode seguir são vários. Outros cientistas podem pegar os espectros e usar o software de modelagem para tentar replicar essas estruturas que produzem espectros similares. Com isso, poderá se determinar se o que os cientistas estão analisando proteínas ou algum tipo diferente de polímero.

De acordo com Tremblay, os estudos recentes feitos na Estação Espacial Internacional mostram que “a proteína deve ser mais fácil de fabricar no espaço por causa da gravidade reduzida”.

“Portanto, temos certeza de que as proteínas provavelmente existirão no espaço. Mas se podemos realmente começar a encontrar evidências de sua existência, e quais podem ser algumas das estruturas e estruturas comuns, acho isso realmente interessante e emocionante”, concluiu.

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