Ciência e Tecnologia

Como e quais cidades brasileiras podem ser afetadas pelo derretimento de geleiras?

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O mundo está passando por um período de aquecimento cada vez maior. A seca está aumentando e a chuva não vem na mesma frequência de ante e, quando vem, gera grande destruição. Grande parte da “culpa” pelas mudanças climáticas são direcionadas ao aquecimento global e o processo vem gerando muitas consequências em todo o mundo. Dentre seus efeitos mais nocivos está o derretimento das geleiras do planeta. Esse processo está se acelerando e já atinge as maiores geleiras, encontradas entre o Ártico e a Antártida.

Por estar mais “fora” dessa zona, países como o Brasil acabam não se importando muito com essas questões. Acreditando que as suas consequências não terão um efeito direto sobre nós. Mas é aí que muitos se enganam. Está vem sendo a preocupação de muitos cientistas em todo o mundo e pode causar uma elevação do nível dos oceanos. Transformando toda a Terra. A NASA estima que, antes dos efeitos se tornarem globais, cidades como o Rio de Janeiro, Recife e Belém venham a sofrer drasticamente, estando na linha de frente do problema.

Pesquisa

O Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa desenvolveu uma nova ferramenta para prever as principais cidades que serão afetadas pelo derretimento das geleiras. São 293 cidades em todo o mundo. Sendo o Rio de Janeiro, Recife e Belém três delas. Esses modelos costumam ser feitos a partir da visão de alguém que esteja em cima do gelo. Prevendo qual sera a influência do derretimento de uma área específica no mar em outros lugares no mundo.

Para entender como isso funcionaria em uma cidade costeira resolveu-se partir de um ponto diferente. Uma computação reversa foi utilizada, de foma que o ponto de vista partisse de alguém que se encontra nessas cidades e pretende entender como as áreas geladas do mundo podem aumentar o nível do mar no local.

Efeitos

 

#1 (Rio)

#2 (Recife)

#3 (Belém)

Por mais contraditório que isso possa parecer, pesquisas feitas pela NASA provaram que quanto mais longe uma cidade está das massas de gelo mais ela pode ser afetada pelo derretimento delas. O engenheiro mecânico Eric Larour, líder desse projeto, afirmou que mesmo as pessoas imaginando o contrário a maior preocupação se encontra nas cidades mais afastadas do problema. Além de isso reafirmar uma teorias que eles vem querendo provar a anos ao dizer que o aumento do nível dos oceanos não será igual em todo o mundo. As imagens 1, 2 e 3 colocadas nessa divisão representam as partes que serão mais afetadas. As zonas vermelhas indicam maior sensibilidade a dissolução do gelo. O Azul representaria as áreas com menor sensibilidade enquanto as demais cores representam as transições apontadas ao lado do mapa.

As imagens foram geradas através de um mapeamento de impressões digitais em gradiente e representa as áreas mais afetadas de forma gradativa. O derretimento na Antártida e na Groenlândia apresentam os maiores riscos para o país. A Groenlândia aferando todos os três, principalmente o Rio e o Recife, enquanto a Antártida que sofre um colapso mais rápido teria menos efeitos sobre a cidade do Rio mas trará mais perigo para as demais.

Números

Através do satélite Grace a NASA foi capaz de identificar quanto as massas de gelo contribuem para o aumento do nível do mar. Os resultados mostraram que até 2015 haviam aumentos de 3,03 mm por ano no Rio de Janeiro. 30% desse total foi gerado pelo derretimento em Groenlândia. Recife foi o segundo mais afetado no país, sendo o Rio o primeiro. Belém foi o menos afetado dos três. Se derretido completamente todo o gelo na Groenlândia mais de 6,09 metros no nível do mar seriam adicionados em todo o mundo, apesar de ser distribuído de formas diferentes.

Os três principais fatores de influência nesse processo são a gravidade, o efeito colchão e a rotação do planeta. A gravidade faz com que, pelas massas de gelo serem muito pesadas, ao derreter o oceano se afaste das geleiras. Isso ocorre porque a gravidade ao redor do local é modificada. De modo geral as cidades próximas do local do derretimento terão uma diminuição no nível do mar. Enquanto, por outro lado, os mais distantes enfrentaram um aumento. O efeito colchão sitado faz com que a terra por baixo do gelo haja dessa forma. Como o gelo sobre ela é muito pesada essa está mais ao fundo do que estaria sem o gelo. Isso significa que de acordo com o que o gelo derrete e o solo fica livre do peso esse ira se “levantar”, fazendo com que a solo “suba” e o mar “desça”.

Por fim, a rotação do planeta faz com que ele, além de girar, balance. Isso faz com que, após o derretimento das geleiras mudar a distribuição do peso em certos locais, sua rotação também seja diferente. Esse efeito fara com que a água se distribua de forma diferente.

Pretensões

#1 (Belém)

#2 (Recife)

#3 (Rio)

O modelo criado por Larour incorpora todos esses três fatores. Permitindo que previsões sejam feitas calculando a sensibilidade exata de uma cidade. Esse processo pode ajudar nos planejamentos futuros de cidades em até 100 anos. Mostrando quais geleiras apresentam risco e qual a velocidade em que está derretendo. Ele também ressalta que quase todo o gelo da Terra já está derretendo ou quebrando.

A intenção também é ressaltar esse problema como uma questão preocupante em todo o mundo. Já que os mais distantes e “despreocupados” representam os mais sensíveis.

E você, também havia se convencido de que estando longe isso não te afetaria? Comenta aí se você é de algumas das três cidades e acha que esses problemas não vão demorar para aparecer.

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