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Como morreu Robin Williams?

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Robin Williams foi um ator e comediante fora de série. Famoso por papéis como Mork, da série Mork and Mindy, o Gênio de Aladdin e a babá Doubtfire, do filme Uma Babá Quase Perfeita, o astro acabou morrendo de forma triste. Com problemas na carreira e também na vida pessoal, o ator não conseguiu suportar tudo o que estava acontecendo. Saiba como foi que tantos problemas se reuniram de uma vez só e porque, infelizmente, ele acabou chegando ao fim de sua vida.

Se você conhece algum trabalho do ator, vai se surpreender com sua morte. Foi pensando nisso que resolvemos trazer essa matéria, afinal, sabemos que vocês, caros leitores, adora. Robin se foi, no entanto, sua carreira ficou eternizada. Sem dúvida, foi um dos melhores em seu segmento. Sem mais delongas, confira conosco e surpreenda-se.

Robin Williams

Robin McLaurin Williams nasceu em Chicago, nos Estados Unidos, no dia 21 de julho de 1951. Durante os anos de 1980 e 1990, a ator e comediante viveu o auge da sua carreira. Participou de vários filmes e séries. Ganhou Oscar de melhor ator coadjuvante em 1998, venceu seis Globos de Ouro e conquistou 2 prêmios Emmy. Isso sem contar as peças de teatro e suas apresentações de stand-up comedy, que fizeram milhares de pessoas lotarem teatros ao redor dos Estados Unidos.

Só que a vida pessoal de Robin Williams contrastava bastante com a sua carreira. Na década de 1970, e durante os anos de 1980, o artista se envolveu com o mundo das drogas. O seu maior vício era a cocaína. O álcool também era figurinha carimbada nos dias de Robin. Era comum ver o ator embriagado. O seu relacionamento com os seus filhos não era dos melhores, algo que ele se arrependeria depois.

Ele parou de usar drogas após um amigo íntimo ter morrido de overdose. De acordo com o astro, aquilo foi um alerta muito grande. Além das drogas, ele havia parado de beber por um tempo. Mas isso acabou não durando, já que em 2003, ele voltou a abusar do álcool e, três anos depois, se inscreveu em uma clínica de reabilitação para tentar se livrar do vício. Em 2009, ele levou um susto. Foi internado devido a problemas no coração e teve que passar por uma cirurgia. Para sua sorte, tudo ocorreu bem e ele saiu da operação sem nenhum tipo de problema.

Casamento e crise na carreira

Em 2011, se casou com Susan Schneider, com quem ficou até o restante de sua vida. Os dois viviam na cidade de São Francisco, na Califórnia. Susan foi a terceira esposa dele. Só que, depois de algum tempo, sua carreira não estava mais indo tão bem. Os filmes passaram a não fazer o mesmo sucesso que antes e nem mesmo a sua série de TV, denominada The Crazy Ones, na qual ele seria uma das estrelas principais, não ia bem.

Ao longo das gravações, Robin estava se comportando de um jeito estranho. Além disso, passou a se queixar diariamente sobre o seu corpo. Todo dia um novo problema surgia. Entre eles, podemos citar: problemas ao urinar, insônia, perda de peso e perda dos sentidos por alguns momentos. Sua esposa chegou a dar uma entrevista anos após sua morte falando que, naquela época, chegou a pensar que o marido era hipocondríaco. Os produtores e colegas começaram a perceber que havia algo de errado com o ator. Aquele não era o comportamento normal dele.

Em maio de 2014, Robin Williams foi diagnosticado com a Doença de Parkinson. Só para elucidar, o Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central. Para piorar, ela é crônica, progressiva e não tem cura. O transtorno é causado devido à baixa produção de dopamina. A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, ajuda na transmissão de informações do cérebro. Existem tratamentos que conseguem diminuir seus efeitos, porém, em estado avançado, nada pode ajudar o paciente.

O Parkinson

Os sintomas mais clássicos da doença são os tremores nas mãos, a dificuldade de equilíbrio, movimentos lentos e a falta de noção de espaço. Personalidades, como o Papa João Paulo II por exemplo, sofreram por causa do Parkinson. Era essa doença que prejudicava bastante o trabalho do artista. Por vezes, ele tentava atuar e seu corpo então ficava travado ou não respondia de acordo com o que ele queria. Isso o deixava extremamente frustrado. Em alguns momentos, ele tinha excessos de raiva e mudanças bruscas de humor.

Se tudo isso que estava acontecendo não bastasse, Robin Williams lutava contra uma forte depressão. Ele tomava medicamentos controlados para poder tentar viver de forma normal, mas mesmo com a ajuda médica, ele não conseguia. Após ter recebido o diagnóstico, os médicos disseram ao ator que ele poderia ter uma vida relativamente normal, por cerca de 10 anos graças aos medicamentos. O artista ficou abalado com o diagnóstico e preferiu contar sobre sua situação apenas para sua família e para os amigos mais próximos.

A vida realmente não estava nada fácil. O seriado até tinha começado bem. Mas no final da temporada, o seu índice de audiência estava muito baixo. Tão baixo que a emissora responsável, a CBS, decidiu cancelar a série com apenas uma temporada. Esse foi mais um baque sofrido pelo ator.

O começo do fim

Ainda impactado com tudo o que estava acontecendo, o artista decidiu então que deveria se desculpar com todas as pessoas que, de alguma forma, ele teria prejudicado ou ofendido ao longo da vida. As três primeiras foram os seus filhos. Robin se arrependia de não ter tido tanto tempo de qualidade com eles, já que na época em que estavam crescendo, foi quando Robin estava envolvido com drogas e abusando do álcool.

Para tentar elucidar sua mente e renovar as energias, Robin passou a frequentar um terapeuta e arrumou um personal trainer. Isso para o ajudar a fazer exercícios físicos. Até hipnose ele tentou, ao entrar em contato com um especialista da Universidade de Stanford. Um aspecto interessante da vida de Robin e Susan é que, pouco tempo depois que houve o diagnóstico de Parkison, o próprio ator quis dormir em um quarto separado de sua esposa. Sem ter muito o que fazer, e acreditando ser o melhor para ele, Susan aceitou a ideia. 

No dia 10 de agosto, um domingo, Robin e Susan estavam em casa. Segundo ela, à noite, o artista pegou vários relógios que possuía, os colocou em um saco e saiu de casa. Robin dirigiu cerca de quatro quilômetros até a casa dos amigos Dan e Rebecca Spencer. Chegando lá, deu os relógios a eles, afirmando que tinha medo de que alguém entrasse em sua casa e os roubasse. Depois, voltou para sua residência.

A morte

Em casa, ele saía e entrava de seu closet. Uma certa vez, pegou um iPad e o levou para dentro. A esposa interpretou como um bom sinal, já que faziam meses que ele não lia algo ou mesmo assistia TV. Por volta das 10 e meia, o ator se dirigiu para o seu quarto pela última vez. Susan pensou que os medicamentos que ele tomava contra a depressão tinham feito efeito e que ele teria ido dormir. Quando Susan acordou, na manhã do dia 11 de agosto de 2014 ,ela encontrou a porta do quarto do ator fechada. Pensando que ele estava dormindo, ela decidiu fazer suas coisas em casa. Pouco tempo depois, Rebecca e Dan chegaram à casa para visitar os dois. Eles perguntaram onde estava o ator e a esposa falou que estava no quarto.

Perto do meio-dia, eles estranharam que o artista não havia deixado o quarto e foram até lá, para ver o que tinha acontecido. Bateram na porta e nada. Chamaram diversas vezes e não obtiveram respostas. Dan tentou espiar do lado de fora, em um vão da janela, mas não conseguiu enxergar nada. Com a ajuda dos amigos, Susan conseguiu destrancar a porta do quarto do marido, e para o seu horror, encontrou Robin Williams morto, asfixiado com uma corda. O acúmulo da doença, com os problemas na carreira e a depressão fizeram com que ele decidisse se matar.

Resultados da autópsia

Após a morte do ator, uma autópsia foi feita para tentar descobrir se ele tinha ingerido alguma substância ilegal ou consumido álcool. Em sua amostra de sangue, não foi encontrado nenhum traço de droga ou bebida alcoólica. Até o seu fígado foi observado e nele foi possível ver que Robin não bebia há muito tempo. A única coisa estranha encontrada no seu corpo foram traços de mirtazapina, um antidepressivo que fazia parte dos remédios que ele tomava justamente para tratar sua depressão.

Ainda de acordo com a autópsia, o seu cérebro tinha um aspecto típico de uma pessoa que sofria de demência. O que reforçava uma outra doença, que se acreditava que ele também tinha e que era denominada de Demência com corpos de Lewy. Além do Parkinson, diagnosticado anteriormente.

O corpo do ator foi cremado e as cinzas foram jogadas na Baía de São Francisco. Várias homenagens por parte da comunidade artística e de grandes executivos de Hollywood foram feitas. E apesar de sua trágica morte, ele sempre será lembrado por sua alegria nos palcos e telas, além da habilidade de encantar milhões de pessoas ao redor do mundo, com suas atuações sempre acima da média.

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