Como o açúcar é transformado em algodão doce?

Dentre os alimentos que gostamos de comer quando crianças, com certeza os doces figuram no topo deles. Desses, o algodão doce é um dos preferidos. Essa “nuvem” de açúcar encanta todas as crianças, além de ser bem gostoso. Sem contar que várias pessoas continuam gostando dele quando adultas. Mas, você já se perguntou como o açúcar vira algodão doce?

O algodão doce é feito quase que exclusivamente de sacarose, tendo, às vezes, uma adição de corante. Quando o corante é usado, ele pode ser colocado durante o preparo ou então usar um açúcar que já é colorido de fábrica.

Como é de se imaginar, o algodão doce tem uma densidade baixíssima. Por conta disso, em uma porção desse doce existe entre 20 e 25 gramas de açúcar, o que é equivalente a uma colher de sopa.

Algodão doce

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Para o algodão doce ser feito propriamente dito, ele precisa da máquina. Ela, por sua vez, é formada por duas partes principais: a bacia e o compartimento de açúcar com o aro.

Na máquina, a bacia funciona para conter o açúcar e o manter organizado para que possa realmente produzir o algodão doce. Ela tem o formato circular para que se ocorra um movimento contínuo, porém limitado, dos fios de açúcar. Dessa forma, a bacia evita que esses fios se quebrem e dá a possibilidade de o algodão doce ser feito com mais volume.

Já o compartimento de açúcar e aro é um recipiente cilíndrico que tem uma abertura em cima para que o açúcar seja jogado e circunde no aro. Ele tem em sua base um motor que faz com que o recipiente gire até 3.500 rotações por minuto. Com isso, uma resistência dá a energia necessária para que o açúcar amoleça nas imediações do aro.

Açúcar

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O açúcar tem seu ponto de fusão em 186°C, e a partir de 160°C ele já começa a se decompor. Nisso, o açúcar é lançado contra o aro aquecido, que o funde, produzindo um fluido viscoso que então se espalha pelo aro por causa da força centrípeta.

Depois disso, essa mesma força continua fazendo pressão no fluido para fora do cilindro, o que o obriga a passar pelos pequenos buracos existentes que o aro tem. Esse movimento é o processo que se chama de trefilação do açúcar, o que quer dizer que ele produz fios através de uma matriz de açúcar.

Com esse processo, os fios são lançados para fora e por conta da grande viscosidade eles não se rompem. Graças à rotação bem alta, os fios podem ser alongados e afinados antes que eles se resfriem e voltem para seu estado sólido. Dessa forma, quando eles voltam para o estado sólido se tem o aspecto de algodão.

Forma

Galileu

No entanto, é preciso que o fluido tenha uma viscosidade alta suficiente para estabilizar o fio formado pelo aro. Portanto, é preciso usar o açúcar cristal ao invés do açúcar refinado. Isso porque o refinado vai resultar em um fluido com baixa viscosidade. O que fará com que os fios sejam quebradiços e bem curtos, assim, eles não poderão ser enrolados de forma eficiente.

Ao contrário dele, o açúcar cristal tem uma dificuldade maior para se fundir por conta do tamanho do seu grão. Então, ele acaba por amolecer somente o suficiente para formar um líquido que seja capaz de atravessar os buracos do compartimento de açúcar e aro. Além disso, esse açúcar também tem menos umidade em sua superfície.

Embora o algodão doce pareça ser leve e seja feito praticamente de sacarose, a sua densidade baixa faz com que ele seja um pouco calórico. Para se ter uma ideia, a porção de 20 gramas do doce tem aproximadamente 77 calorias, em comparação com 200 mL de refrigerante, que tem 20 gramas de açúcar.

Fonte: O mundo da química

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