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Por que os hipopótamos de Pablo Escobar se tornaram um problema?

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Não é novidade para vocês os feitos de Pablo Emilio Escobar Gaviria. Muito conhecido apenas como Pablo Escobar, ele foi um colombiano conhecido em todo o mundo como um grande narcoterrorista e um dos homens mais ricos do mundo nos anos 1990. Também conhecido como “Don Pablito” ou “El Patron”, ele chefiava o Cartel de Medellín, vendendo bilhões de dólares de cocaína durante um bom tempo.

Escobar usava o seu dinheiro para fazer coisas, digamos assim, inimagináveis. Ele construiu um estádio de futebol e também financiava times da cidade. Entre as coisas que Pablo Escobar ostentava estavam grandes casos, carros e uma coisa curiosa, hipopótamos.

O traficante, quando estava no auge da carreira, construiu uma casa nas montanhas da Colômbia para seus amigos de cartel e família. Essa casa incluía um zoológico com animais exóticos. Hoje, os hipopótamos estão vivendo na floresta amazônica e parece que estão causando alguns impactos. Quais são? A Fatos Desconhecidos conta para vocês nessa matéria.

Os hipopótamos de Pablo Escobar

Depois que Pablo Escobar morreu, em 1993, os hipopótamos dele ficaram abandonados. Hoje em dia, é considerado o maior animal invasor da História. Pesquisadores da University of California San Diego estão tentando entender os impactos ambientais que os hipopótamos causaram.

Jonathan Shurin, professor de Biologia e um dos pesquisadores da universidade envolvida no estudo, tem trabalhado ao lado de veterinários, pescadores e estudantes colombianos em um projeto bancado pela National Geographic Society. O foco é monitorar substâncias químicas na água, estudar amostras de microbiomas e entender como esses animais estão impactando o local onde estão vivendo.

Os quatro hipopótamos de Escobar eram três fêmeas e um macho. Ao invés de serem levados para o zoológico mais perto, eles foram soltos. Sabendo que a fêmea reproduz ao menos um filhote por ano, imagina-se que na Colômbia hoje tenham cerca de 60 espécimes.

O clima quente e úmido da Colômbia, combinado com a inexistência de predadores, torna o local perfeito para um boom da espécie. Os pesquisadores descobriram que os animais estão deixando suas marcas. Por causa do tamanho, eles mudam estruturas úmidas simplesmente andando por elas.

Os impactos no ecossistema

Sendo uma espécie de “engenheiros de ecossistema”, esses hipopótamos comem vegetação na terra e defecam na água. Isso move nutrientes de um ecossistema para o outro. Claro que as fezes são fertilizantes, mas uma quantidade excessiva pode ser tóxica e colocar em risco grandes sistemas de água e animais que vivem nesses locais.

Aranguren-RIaño, biólogo colombiano, acha que ninguém esperava que os hipopótamos iam se dar tão bem na Floresta Amazônica. “O risco para espécies nativas como peixes-boi, tartarugas e peixes é algo, e o efeito ambiental é imprevisível. É um problema grande porque eles migraram do Rio Magdaena e podem se espalhar para outras regiões estratégicas da Colômbia”, disse Aranguren-RIaño.

Pode até estar afetando as coisas na Colômbia, mas o fato é que talvez Pablo tenha feito a coisa certa, de uma outra visão. Na África, o número de hipopótamos caiu, o que fez pessoas argumentarem que um equilíbrio numérico possa ser algo positivo, mesmo que em outro continente.

E você, sabia que os hipopótamos de Pablo Escobar tinham gerado todos esses problemas para a Colômbia? Comente!

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