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Conheça as Amazonas do Daomé, as mulheres mais temidas do mundo

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Lendas das guerreiras formidáveis, conhecidas como as amazonas, fazem parta do folclore antigo. E com filmes como Mulher Maravilha, incentivaram o ressurgimento desse mito. Os gregos antigos, aparentemente, acreditavam que as amazonas eram figuras históricas reais.

Elas podiam muito bem ter sido mulheres vindas da Ásia Ocidental, que lutaram valentemente contra seus inimigos. Séculos mais tarde, o chamado “Pai da História”, Heródoto, escreveu que as amazonas vinham de Cítia, uma grande região na Eurásia Central.

Uma famosa máxima diz que a guerra não tem o rosto de uma mulher. Mas, olhando para algumas partes da nossa história, isso pode não ser verdade. Em épocas e povos diferentes, eram as mulheres que faziam coisas militares e lutavam em um nível tão bom quanto os homens.

As mulheres participavam da guerra pela falta de outras opções. No caso das amazonas do Daomé, elas eram escolhidas com uma consciência. E em seu caso é possível dizer que a guerra sim tem rosto de mulher.

Essa amazonas também eram chamadas de “N’Nonmiton”, que significa “nossas mães”. Em suma, elas eram o regimento feminino do exército do reino do Daomé, que agora é a República do Benin na África.

Elas receberam a denominação de amazonas pelos viajantes e historiadores ocidentais que fizeram a comparação dessas mulheres com as guerreias míticas. Segundo as lendas, essa tribo estava localizada na antiga Anatólia e na costa do Mar Negro.

História

A história dessas amazonas é datada do século XVII. O que se acredita é que elas se formaram originalmente para caçar elefantes. Mas elas conseguiram impressionar o rei Daomé, por suas habilidades de luta e, assim, ele as transformou em típicas guarda-costas.

Mas essa não é a única versão da história. Em outra versão, as mulheres eram as únicas pessoas autorizadas a ficarem no palácio do rei, depois que anoitecia. E por causa disso que o rei acabou as tornando suas guarda-costas.

Algumas delas foram recrutadas no “ahosi” que quer dizer “esposas reais”. E o número dessas amazonas, recrutadas dessa forma, chegava às centenas. As mulheres podiam servir voluntariamente ou então podiam ser forçadas caso o seu comportamento em casa fosse considerado inadequado.

No tempo em que as mulheres estavam servindo como amazonas, elas aprimoravam sua força física, mas também ficavam com traços mais agressivos no caráter. E enquanto elas estivessem nessa função, elas eram proibidas de ter família e filhos. Tendo várias delas permanecido virgens.

Em 1863, o explorador britânico Richard Burton chegou na África Ocidental. Ele tinha como objetivo estabelecer uma missão britânica no litoral de Daomé e trazer paz para seu povo. Quando ele viu as amazonas ele ficou atordoado. “Essas mulheres desenvolveram esqueletos e músculos tão bem que foi possível determinar o sexo apenas pela presença da mama”, disse.

Treinamento

O treinamento das amazonas do Daomé incluía exercícios intensos e uma disciplina muito rigorosa. Desde o começo, as mulheres eram ensinadas a serem cruéis, rápidas, fortes e suportarem as dores mais severas.

Alguns dos exercícios feitos por elas incluíam pular paredes cheias de galhos de acácia espinhosas, expedições de 10 dias à florestas sem equipamentos como facões. As amazonas lutavam até a morte. E aqueles adversários, que lutavam com as amazonas, acabavam muitas vezes decapitados.

De acordo com alguns historiadores, a capacidade de combate delas era mais alta do que a dos homens. Em meados do século XIX as mulheres eram cerca de um terço do exército. Isso era cerca de mil a seis mil pessoas. Em sua maioria eram de uma mesma unidade que também era comandada por uma mulher.

Armas

As principais armas que elas usavam eram rifles e facões holandeses. As amazonas o usavam para desmembrar e decapitar os oponentes. Um costume, entre as amazonas, era voltar para casa, com os órgãos genitais cortados e as cabeças de seus oponentes.

Já no último período de existência das amazonas do Daomé, elas estavam armadas com espingardas, facas e armas Winchester. O autor do único estudo sobre as amazonas, Stanley Alpern, escreveu: “quando as Amazonas saíam do palácio, um escravo com um sino sempre caminhava na frente deles. O toque da campainha dizia a todo homem que ele precisava se afastar de seu caminho, se distanciar e olhar para o outro lado”.

Segundo algumas fontes, a última amazona do Daomé morreu, em 1979.

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