Conheça a fibriomialgia, a doença que afastou Lady Gaga do Rock In Rio

O Brasil parou com o anúncio de que a cantora Lady Gaga não poderia se apresentar na noite de estréia do Rock in Rio, no último dia 19. Cotada para o maior festival musical do mundo, Gaga seria a atração principal do palco mundo e encerraria a noite de apresentações que teve ainda shows com Ivete Sangalo, Pet Shop Boys e a boyband Five Seconds of Summer. Posteriormente, mais precisamente no dia 18, ela anunciou um adiamento em sua turnê mundial, a Joanne World Tour, que passaria agora pela Europa e já estava praticamente esgotada. Isso tem sido um prato cheio para a tristeza de todos os fãs do trabalho da atriz, escritora, cantora e dançarina.

Se você acompanha um pouco esse mundo do entretenimento, deve saber que ela sofre de Fibromialgia. Tem que haver um motivo muito sério para levar o cancelamento de um show em um grande evento assim, não é mesmo? Sendo assim, a redação da Fatos Desconhecidos foi atrás de informações sobre a doença e, sabendo da nossa curiosidade em comum, trouxemos para vocês leitores o resultado de tudo isso. Então, conheça a fibromialgia, doença que afastou Lady Gaga do Rock In Rio.

A doença não tem cura, é uma síndrome de dor generalizada que ocorre em qualquer parte do corpo. O sofrimento chega a ser tanto que um simples toque no paciente pode fazer com que ele agonize, ficando então debilitado, além de poder desenvolver depressão, insônia e fadiga. Estima-se que entre 2% e 4% da população mundial possuem essa condição, mas esse número pode ser ainda maior, já que o diagnóstico não é tão simples assim de ser feito.

A doença ainda está em fase de estudos, no entanto, os cientistas acreditam que certos fatores que levam a desenvolver a síndrome podem ser as circunstâncias traumáticas ou estressantes, além de sofrerem outras condições como: artrite ou lúpus, doença que a cantora já afirmou sofrer. Os cientistas enxergam essa exposição de Lady Gaga com algo positivo, pois vêem nela uma oportunidade de esclarecer à sociedade sobre a patologia.

“Para nós, é importante, porque muitas pessoas que não sabem o que têm acabam se identificando com a doença e procurando ajuda. Recebemos vários pacientes nos consultórios por curiosidade ou identificação quando uma pessoa pública se manifesta sobre alguma condição”, avaliou Tatiana Hasegawa, reumatologista do Centro de Qualidade de Vida. “Apesar de poder assustar e comover, é importante que se fale sobre o assunto, pois chama atenção para algo que geralmente não é debatido”, declarou o reumatologista Georges Basile Christopoulos, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, que ainda citou o desafio para o tratamento da doença a falta de variedade nas medicações destinadas à síndrome com cobertura pelo Sistema único de Saúde.

Ele acredita ainda que, com o debate sobre o assunto na mídia, as chances de conseguir comover o governo para a liberação outras drogas para o alívio da dor sejam ainda maiores. Tatiana voltou a falar sobre o assunto e afirmou que a patologia é fundamental para quem sofre com a enfermidade. “Se a pessoa não tiver consciência corporal da sua limitação, de como será o tratamento, ela não terá uma reposta efetiva”.

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