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Conheça o herói mexicano que salvou milhares de vidas durante o Holocausto

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Apesar de nunca ter sido tema de filme, não ter sido aplaudido por multidões e os livros de história raramente mencionarem seu nome, Gilberto Bosques Saldívar foi um grande herói mexicano. Milhares de judeus foram salvos por esse homem que os ajudou a escapar dos horrores do holocausto.

Saldívar era um diplomata que trabalhou na França durante a Segunda Guerra Mundial e teria ajudado a salvar cerca de 40 mil judeus e outros refugiados da perseguição nazista. Segundo Abraham Foxman, diretor nacional da Liga Anti Difamação, afirmou que esse é mais um dos capítulos do holocausto que nunca chegou a luz.

Um herói sem reconhecimento

A filha de Bosques Saldívar recebeu recententemente um prêmio póstumo para seu pai chamado Courage to Care, criado em 1987, que reconhece as pessoas não judias que ajudaram a resgatar e a esconder refugiados durante o tenebroso período do Holocausto.

Além de nomes como Oskar Schindler e do diplomata sueco Raoul Wallenberg, a grande maioria de não-judeus, que acabaram por desafiar os nazistas ao ajudar e esconder judeus durante o holocausto, não são bem conhecidos. Mesmo Schindler, ao longo do tempo, viu seus esforços parecem ter ficado adormecidos na memória até a chegada do filme dirigido por Steven Spielberg, “A Lista de Schindler”.

“A vida de Bosques é um exemplo brilhante de decência humana, coragem, moral e convicção e suas ações se destacam as iniciativas menos reconhecidas de latino-americanos que ajudaram a salvar os judeus naquele período”, disse Foxman.

Os esforços de Bosques Saldívar foram descritos por Foxman quando servia como cônsul-geral do México em Marselha, em 1939. Bosques Saldívar alugou dois castelos para abrigar os judeus europeus, entre outros refugiados. Entre eles, líderes da República Espanhola, derrotados na Guerra Civil Espanhola.

A ajuda

Foram emitidos cerca de 40 mil vistos e viagens em embarcações que foram organizadas por ele para levar os judeus e refugiados para nações africanas. Posteriormente, essas pessoas se mudaram para Argentina, México e Brasil. Em 1943, Saldívar foi preso junto de seus familiares e cerca de 40 outros membros do consular pelos alemães.

O diplomata ficou preso por cerca de um ano, até que as autoridades mexicanas negociarem com os nazistas sua libertação. Em 1944, Saldívar teria escrito que havia implementado “uma política de ajuda, de apoio material e moral aos heroicos defensores da República espanhola, aos incansáveis ​​homens bravos que lutaram contra Hitler, Mussolini, Franco, Petain e Laval”, se referindo a Phillipe Pétain e Pierre Lava como líderes franceses que cooperaram com os nazistas.

Depois de sua libertação, Saldívar serviu ao México como embaixador em Cuba, na Finlândia, Portugal e na Suécia. Gilberto faleceu em 1995, aos 103 anos de idade.

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