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Crianças desenvolvem Síndrome do Lobisomem após ingerirem remédio contaminado

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Em vez de remédio para problemas estomacais, cerca de 20 crianças, naturais da Espanha, ingeriram por engano um restaurador capilar e, por conta disso, acabaram desenvolvendo uma enorme quantidade de cabelo em todo o corpo.

O incidente ocorreu no verão de 2019. Na época, quase duas dúzias de crianças começaram a exibir sintomas de hipertricose.

Também conhecida popularmente como a síndrome do lobisomem, a hipertricose é uma condição extremamente rara, na qual existe crescimento excessivo de pelos em qualquer lugar do corpo, podendo acontecer tanto em homens, como em mulheres.

A síndrome

Ao invés de serem tratadas com medicamentos para problemas gástricos, as crianças receberam minoxidil, um medicamento que estimula o crescimento dos cabelos. Devido à dosagem, o corpo das crianças começaram a ser dominados por uma exacerbada quantia de pelos.

Os medicamentos, que foram disponibilizados com rótulos incorretos, estavam sendo vendidos em diversas farmácias da cidade de Granada e Valência. Um ano depois que os primeiros sintomas de hipertricose foram relatados, as famílias das crianças afetadas pelo equívoco farmacêutico afirmam que os cabelos continuam crescendo de forma excessiva.

A filha de Amaya e Daniel, um casal da Cantábria, foi uma das crianças afetadas pelo equívoco. Em abril do ano passado, o casal notou que sua filha começou a desenvolver bigode após ingerir o medicamento. A menina, na época, tinha menos de 22 semanas de idade.

Além do bigode, o corpo da criança foi tomado por uma grande quantidade de pelos, inclusive a testa. O casal procurou um pediatra, mas mesmo assim os sintomas só pioraram.

Ao retornarem novamente ao médico, Amaya e Daniel foram questionados se algum de seus respectivos familiares possuía algum histórico de crescimento excessivo de cabelo. Negando, ambos foram questionados se a menina havia feito uso de algum medicamento. Foi exatamente nesse momento, que as suspeitas começaram a vir à tona.

O medicamento

A filha do casal sofria de refluxo gástrico. Para tratar o refluxo, o médico da menina prescreveu o omeprazol. Como era muito pequena para ingerir o remédio em cápsulas, os pais acabaram optando por comprar um xarope, em uma farmácia de manipulação.

Infelizmente, os medicamentos estavam sendo manipulados com minoxidil. Após descobrir o erro, a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde retirou imediatamente os xaropes do mercado, mas, àquela altura, a filha do casal já não era a única vítima.

Um levantamento, realizado pelo mídia espanhola, descobriu que mais de 20 crianças haviam ingerido o xarope. Como o caso ganhou destaque nas manchetes dos maiores meios de comunicação do país, as autoridades informaram que os responsáveis responderiam pelo erro na justiça.

Um laboratório e várias empresas, que importam e distribuem medicamentos, foram processadas. No entanto, um portal de notícias da Espanha relatou recentemente que, até o momento, o caso segue sem resposta, mesmo com as ações judiciais estando ainda vigor.

De acordo com a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS), em setembro do ano passado, 12 das crianças afetadas haviam se recuperado ou estavam em fase de recuperação (entre 1 e 5 meses após a suspensão do tratamento). Em contrapartida, outros cinco casos seguem sem nenhum progresso.

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