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Depois de um semana após retorno das aulas, França fecha escolas por contágio de Covid-19

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Em uma semana após o retorno das aulas do ensino infantil e fundamental, o governo francês anunciou que 70 das 40 mil escolas do país precisaram voltar a fechar as portas. Isso porque, nessas escolas, havia o risco de um caso de Covid-19 ter se espalhado entre os alunos.

Com isso, cerca de um terço das escolas foram fechadas em uma única cidade, Sens. Localizada na região da Borgonha, a cidade teve 24 unidades de ensino paralisadas por causa de um único caso da doença. De acordo com o ministro da Educação do país, Jean-Michel Blanquer, o fechamento das escolas não deveria ser motivo de preocupação. Isso porque, o fechamento apenas mostraria que as autoridades de saúde estavam vigilantes.

70 escolas foram fechadas de uma só vez

Ao ser questionado se não seria exagero fechar dezenas de escolas por conta de um único caso, o ministro explicou que não podemos economizar quando estamos falando de vidas. Portanto, a ideia é monitorar os números da doença de forma local ou regional. “Às vezes nos acusam de fazer de menos, às vezes de fazer de mais. Se tirarmos uma linha de equilíbrio, estamos atentos à saúde das pessoas”, afirmou Blanquer em uma entrevista ao canal de notícias ‘BMF TV’.

Ainda na entrevista, o Blanquer afirmou que as escolas foram fechadas seguindo dois princípios básicos. Ou seja, por meio de orientação das autoridades de saúde e diálogo com os governantes locais. “Voltar à escola não é uma medida secundária; é fundamental”, afirmou o ministro ao lembrar as consequências da suspensão das aulas.

Segundo o ministro, além de impactos psicológicos e nutricionais, uma vez que boa parte dos alunos depende da merenda escolar, há um grande risco de abandono ou fracasso escolar. Na retomada das aulas, a França também reduziu as turmas pela metade. Desse modo, as turmas passaram de 30 para 15 alunos. No entanto, apenas 30% voltaram às aulas.

Voltar às aulas tão cedo gerou polêmica na França

Com o fim da quarentena no país, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que as aulas voltariam na última semana (11/05). Dessa forma, creches e escolas do ensino fundamental e médio foram abertas em todo o país. De acordo com Macron, a medida serviria para evitar que as desigualdades de aprendizagem se aprofundem entre os alunos durante o período de isolamento.

Com a volta às aulas, houve a generalização de testes e o uso de máscaras reutilizáveis foi reforçado. Além disso, a volta ao trabalho e a continuação da quarentena para os idosos já eram decisões esperadas. Contudo, universidades continuarão fechadas até o início do próximo ao letivo, em setembro.

No período de isolamento, “cada criança ficou exclusivamente em seu contexto familiar e isso aprofundou terrivelmente as desigualdades“, afirmou Blanquer. Vale lembrar que, desde o dia 16 de março as escolas já se encontravam fechadas.

Como já era de se esperar, os professores foram os primeiros a criticar a reabertura. Segundo eles, as crianças podem ser facilmente vetores de transmissão do vírus. Em seguida, os sindicatos de professores alertaram para o fato de que, caso as condições sanitárias fossem consideradas insuficientes, eles seriam contrários à reabertura dos ambientes escolares.

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