Natureza

Desastres ambientais causados pelo homem

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Pessoas de diversos setores participam de debates fervorosos sobre quando exatamente o homem começou a alterar a Terra, contudo, nunca chegamos a um consenso. Logo, determinou-se que passamos por vários momentos considerados fundamentais na degradação do meio ambiente, incluindo desastres ambientais.

Por causa de algumas atividades humanas, sejam elas diretas ou indiretas, que resultaram em um abalo do meio ambiente em escala global, como o crescimento populacional, desmatamento, contaminação, consumo excessivo, exploração excessiva e emissão de poluentes, estima-se que cerca de 70% do planeta Terra sofreu alterações. Isso principalmente no que diz respeito à qualidade da terra, como para cultivar plantas e manter animais.

Assim, essa degradação do planeta fez com que a maioria dos fenômenos considerados naturais, como terremotos e furacões, agora sejam vistos como reflexos da ação humana ao longo dos séculos. Dessa forma, nada mais que ocorre na Terra é consequência natural, por causa do tamanho impacto da atividade humana.

Desastres ambientais

No entanto, alguns momentos específicos ao longo da história humana são notáveis. Veja alguns dos maiores desastres ambientais causados pelo homem.

Love Canal (1978)

Bettmann/CORBIS

Uma vizinhança próxima às Cataratas do Niágara, em Nova York, nos Estados Unidos, começou a sofrer alterações ainda em 1890. A região foi planejada para se tornar um canal hidrelétrico, conectando os rios Niágara superior e inferior.

Assim sendo, tudo começou quando pararam de investir dinheiro no empreendimento, o que deixou um canal parcialmente escavado ao ar livre. Então, o governo da cidade se apropriou do canal e o transformou em um aterro sanitário.

No final da década de 1940, a Hooker Chemical Company comprou a área e enterrou 21 mil toneladas de barris cheios com materiais cáusticos, alcalinos, ácidos graxos e hidrocarbonetos clorados da fabricação de corantes, perfumes, solventes para borracha e resinas sintéticas.

Porém, a imensa quantidade de argila usada não impediu o vazamento dos resíduos. Eventualmente, a Hooker Chemical vendeu a área para o Distrito Escolar da Niágara Falls, visto que houve um aumento populacional que demandava mais escolas.

O resultado veio apenas em 1978, quando uma série de invernos úmidos fez com que os tambores vazassem no solo e causassem uma explosão na superfície. Com isso, a vegetação morreu em massa, crianças sofreram queimaduras químicas, casas foram infectadas e muitas pessoas desenvolveram doenças como epilepsia, defeitos congênitos e cânceres.

Grande Incêndio de Peshtigo (1871)

Reprodução

No dia 8 de outubro de 1871, enquanto Chicago estava em chamas, a cidade de Peshtigo, em Wisconsin, Estados Unidos, enfrentava um incêndio ainda mais mortal. Isso porque o verão de 1871 foi o mais seco desde então na região de Green Bay.

Contudo, isso não impediu o andamento das obras para a expansão das linhas férreas, que também não foram supervisionadas para que eventos como aquele acontecessem. Como os trabalhadores usaram fogo de forma desenfreada para limpar o mato e iniciar as construções, o controle do fogo escapou.

Logo, levou apenas 2 horas para que toda a floresta se tornasse um verdadeiro inferno indomável. As chamas consumiram grande parte da metade sul da Península de Door, assim como partes da Península Superior do Michigan.

Dessa forma, o incêndio em Peshtigo transformou cerca de 1,2 milhão de acres, mais de 64 quilômetros de área verde, em cinzas. Isso o configura como o incêndio florestal mais mortal da história, com 1,5 mil a 2,5 mil mortes.

De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia, o calor emitido pelo fogo foi tamanho que muitas vítimas que tentavam fugir entraram em combustão espontânea. Esse era o mesmo fim que as vítimas da erupção do Monte Vesúvio tiveram em Pompeia, em 79 d.C. Muitos só conseguir escapar desse fim terrível porque se jogaram em pântanos ou rios, sendo um dos piores desastres ambientais causados pelo homem.

Mar de Aral (1959)

Reprodução

O Mar de Aral, que hoje representa um dos desastres ambientais mais impactantes, já foi considerado um oásis, sendo formado pelos rios Syr Darya e Amy Darya, na Ásia Central. Localizado entre as províncias de Aqtöbe e Qyzylorda, e a região autônoma usbeque de Caracalpaquistão, era o quarto maior lago do mundo. O berço dos impérios antigos começou a perder seu esplendor em 1959, quando estava sob controle da União Soviética.

Assim sendo, quando assumiram o controle, os soviéticos instalaram um projeto gigante de cultivo de algodão. Logo, desviaram as águas dos rios Syr Darya e Amy Darya. Em apenas 21 anos, a Ásia Central Soviética já estava produzindo 9 milhões de toneladas de algodão, um empreendimento considerado o ápice do sucesso.

Contudo, para tal feito, foi necessário retirar água sistematicamente da região, o que causou o colapso do Mar de Aral. Ele se tornou salino e tóxico, depois secou e se transformou em um deserto.  Além disso, por anos, o leito do lago estava exposto com quantidades exorbitantes de metais pesados e pesticidas acumulados, o que era uma fonte venenosa em tempestades de poeira.

De acordo com a Organização das Nações Unidos, o caso é “o desastre mais impressionante do século XX”.

Fonte: Mega Curioso

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