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Destroços do submersível Titan chegam a porto no Canadá

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Recentemente, o mundo todo acompanhou o processo de busca pelo submersível da OceanGate que desapareceu no oceano Atlântico quando estava fazendo uma expedição até os destroços do Titanic, até que finalmente os destroços da embarcação foram encontrados. E mesmo sabendo o que aconteceu com o submersível, que no caso implodiu, os corpos dos tripulantes não devem ser recuperados.

A bordo do veículo estavam o bilionário Hamish Harding; o explorador Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood; o presidente da OceanGate, Stockton Rush; e o especialista no naufrágio do Titanic Paul-Henry Nargeolet.

Recuperando destroços

DOL

Com os destroços do Titan encontrados, esforços começaram a ser feitos para trazê-los novamente para a superfície. E na quarta-feira dessa semana, os destroços do submersível chegaram até um porto de Terra Nova e Labrador, no Canadá.

Por mais que alguns dos destroços do Titan tenham sido encontrados, de acordo com autoridades da Guarda Costeira norte-americana, não existem perspectivas de encontrar os corpos dos tripulantes.

“Este é um ambiente incrivelmente implacável, lá no leito do fundo do mar, e os destroços são consistentes com uma implosão catastrófica da embarcação. Continuaremos a trabalhar e a pesquisar a área lá embaixo em busca dos destroços”, disse John Mauger, o contra-almirante.

Os destroços do submersível estão a 487 metros da proa do Titanic, que está a 3.800 metros de profundidade. Por estar tão fundo no oceano, a pressão da d’água é muito forte e arriscada para mergulhadores. Além disso, a luz solar não chega até lá, o que dá pouca visibilidade para que os restos mortais dos tripulantes sejam encontrados.

De acordo com o que acreditam as autoridades, o Titan sofreu uma implosão enquanto fazia a expedição. E menos de cinco partes da embarcação foram encontradas. Dentre elas, a tampa traseira e uma parte frontal da estrutura. O sinal do submersível foi perdido 1h45 minutos depois que ele começou sua descida até os destroços do Titanic.

Os especialistas que foram ouvidos pela agência de notícias Reuters explicaram o motivo pelo qual a hipótese principal é a implosão. Isso acontece porque a maior parte, ou todos, os submersíveis e submarinos que vão até grandes profundidades têm um vaso de pressão feito por um único material metálico com alto limite de escoamento.

Normalmente, esse aço que é usado é para profundidades pequenas, e o titânio para grandes profundezas. E esse vaso de pressão, seja de algum desses materiais, tem um formato esférico para suportar as pressões de esmagamento em uma profundidade de 3.800 metros, por exemplo.

Contudo, esse não era o caso do Titan. Ele tinha seu vaso de pressão feito com uma combinação de titânio e fibra de carbono, o que não é comum, já que esses materiais têm propriedades bem diferentes.

Então, o que os especialistas acreditam é que aconteceu uma perda de integridade por conta das diferenças entre os materiais, o que por sua vez criou um defeito que acabou desencadeando a implosão.

Submersível

Tribuna online

Mesmo com toda repercussão do caso, muitas pessoas ainda não sabem ou imaginam como era o interior desse submersível onde os bilionários estavam. Em 2018, Gabe Cohen, correspondente da CNN, visitou esse submersível quando ele estava fora da água e contou que lembra de ter se “impressionado com quão simples” a tecnologia dele parecia.

“É uma embarcação minúscula, bastante apertada e pequena. Você tem que sentar dentro dele sem sapatos. Ele é operado por um controle de jogo, que se parece essencialmente com um controle de PlayStation. Ele poderia mergulhar 13.000 pés no oceano e lidar com 150 milhões de libras de pressão que sentiria no fundo do oceano”, explicou.

“Foi incrível ver, naquele momento, quando eles estavam arrumando a embarcação e se preparando para uma dessas expedições. Portanto, é obviamente muito difícil e triste ver o que aconteceu agora”, acrescentou Cohen.

Ainda de acordo com o correspondente, a empresa responsável já fez várias expedições científicas a muitos naufrágios, não somente ao Titanic, ao longo dos anos. “Eles [a empresa] também enfatizaram que a estrutura de fibra de carbono de Titan poderia realizar de forma confiável uma missão como esta. Eles não pouparam nenhuma despesa ou cortaram custos para realizar isso – foi o que eles me disseram repetidamente”, pontuou.

“Entrevistei Stockton Rush [CEO da empresa] várias vezes. Não apenas ele, mas sua equipe e tripulação. Eles falaram sobre segurança repetidamente e como estavam confiantes na tecnologia desta embarcação e nas outras embarcações que projetaram ao longo do anos, mas descobrimos que Titan teve alguns problemas antes com a comunicação”, continuou Cohen.

Nesse ponto, o correspondente fez uma referência a uma reportagem da CBS de 2022 em que o submersível ficou perdido por mais de duas horas e sem conseguir receber nenhuma mensagem enviada da superfície, coisa que é grave, já que é através delas que as pessoas saberão onde procurar o veículo, visto que ele não tem GPS a bordo.

Fonte: G1Terra,CNN

Imagens: DOL, Tribuna online

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