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É isso que o segundo homem a pisar na lua pensa sobre o futuro da humanidade em Marte

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No dia 20 de julho de 1969, a humanidade acompanhava espantada, de olhos fixos para a  televisão, um sonho se tornando realidade. A Apollo 11 estacionava em solo lunar, o homem finalmente conquistava a Lua e Neil Armstrong diria uma das frases mais emblemáticas de toda a História: ““É um pequeno passo para o homem, mas um salto gigantesco para a humanidade”. Buzz Aldrin veio logo em seguida, foi o segundo homem a pisar na lua. Deixou as marcas de suas botas naquele solo árido, vasto e vazio. Ele ainda se lembra de suas primeiras palavras assim que seus olhos tocaram à superfície lunar: “Magnífica, desolação”.

Aldrin referia-se à solidão inóspita do satélite natural da Terra. Para ele, a Lua tinha um “visual desolador”.

“O que vimos não mudava há centenas, milhares de anos. Nenhuma vida. Era quente demais durante o dia e muito, muito frio de noite. Não é um lugar bom. Não tem ar. Sessenta anos depois de termos alcançado a Lua, nos anos 1960 e 1970, por que querer retornar para lá?,” ele questiona, segundo matéria publicada pelo jornal online G1.

Buzz Aldrin não é um homem apegado ao passado. Aos 80 anos de idade, ele mostra que tem os olhos voltados para o futuro, assim como o personagem inspirado em sua vida, Buzz Lightyear e sua frase famosa na animação de Toy Story: “Ao infinito e além”.

Para o astronauta, o amanhã está em Marte, assim como o futuro da humanidade.

“Sou um grande otimista a respeito do que pode acontecer”.

O ser humano dá passos lentos e pequenos em direção ao espaço. Mas a fome humana pelo desconhecido sempre foi grande e urgente. Se já atingimos à Lua, agora a meta deve ser um projeto ainda mais ambicioso: a conquista de Marte.

O planeta vermelho que tanto instigou e continua a inspirar a nossa imaginação, com a possibilidade de encontrar vizinhos extraterrestres, ou de simplesmente ampliar ainda mais o território humano.

A NASA, a Agência Espacial Chinesa, A Sociedade de Marte e o Space X (Corporação de Tecnologias de Exploração do Espaço) trabalham individualmente nessa corrida para levar o primeiro homem à Marte.

Aldrin está a frente dessa ideia e sonha com o planeta marciano desde 1985. Ele é responsável por enviar projetos ao senado americano incentivando constantemente a necessidade de avanço nas pesquisas, assim como a importância do financiamento para a concretização desse nova meta.

Buzz tem pressa. No seu projeto, a colonização de Marte aconteceria em breve.

“No meu cronograma, que submeti ao Congresso americano, teríamos pessoas pisando em Marte para permanecer lá em 2031,” ele diz, e explica a necessidade dessa nova corrida espacial:

“É para assegurar a sobrevivência da raça humana. O que poderia nos destruir, um grande asteroide. Mas, se tivermos uma civilização crescente em algum outro lugar, esta é hora de fazer este movimento, começar a se estabelecer.”

Buzz planeja um sistema de colonização gradual. Primeiro as luas de Marte, Phobos e Deimos, e depois finalmente Marte. A distância entre o planeta terrestre e o marciano são de 225 milhões de quilômetros. A Nasa calcula que levaria um período de nove meses para chegar até lá. E que os astronautas que participassem da missão, provavelmente nunca mais retornariam.

Mas Aldrin vai além. Ele acredita que é preciso desenvolver um modelo de uma ponte fixa, uma espécie de transporte circular para fazer viagens constantes entre os dois vizinhos planetários.

“Temos que pensar no futuro. Chegou o momento de sermos uma espécie de dois planetas”, disse o astronauta, durante a divulgação de seu livro “Welcome to Mars” (Bem-vindo à Marte) em Londres.

No entanto, para que o projeto seja possível, Buzz sabe que é preciso mudar a mentalidade de “Guerra Fria” que havia na década de sessenta quando a União Soviética e os Estados Unidos digladiavam para saber quem conquistaria à Lua primeiro.

Para que esse novo sonho espacial se torne realidade é necessário unir a força, a inteligência e o investimento entre todas as nações.

“É essencial que tenhamos cooperação, mesmo que tenhamos dificuldades com parceiros como a China”, diz Aldrin.

E você? O que pensa sobre isso? Acredita que seja possível a colonização do planeta marciano? Sabendo que os custos para uma operação como essa seriam exorbitantes, valeria a pena para a humanidade?

Não esqueça de deixar o seu comentário sobre a matéria e aproveite para dar a sua opinião sobre as possibilidades e necessidades dessa nova conquista humana.

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