Estamos vivendo a pandemia do coronavírus há meses já. Por ser um vírus mortal, as autoridades de todo mundo estão se mobilizando com a situação e tentam conter o surto. Desde a sua identificação, ele já fez várias vítimas e infectou inúmeras pessoas. E os números não param de crescer. E na urgência de tentar conter o mais rápido possível a pandemia de coronavírus, laboratórios do mundo inteiro estão se mobilizando em busca de uma vacina eficaz contra a COVID-19.
Conforme os estudos e testes vão sendo realizados ao redor do mundo as pessoas se perguntam se essa corrida pela vacina terá um final feliz já em janeiro de 2021. E pelo que tudo indica esse final feliz pode vir ainda esse ano.
O governador de São Paulo, João Doria, assinou um contrato do governo estadual com o laboratório chinês Sinovac. Esse contrato foi assinado para o fornecimento do primeiro lote da CoronaVac, a vacina que foi desenvolvida pelo laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan.
Contrato
De acordo com esse acordo assinado, São Paulo vai receber 46 milhões de doses até dezembro. O contrato foi assinado também pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, e Weining Meng, vice-presidente mundial do Sinovac. E esse momento foi considerado um momento histórico pelo governador.
O governador de São Paulo disse que a intenção é que a campanha de vacinação comece dia 15 de dezembro sendo feita a vacinação dos profissionais de saúde. Mas para que esse prazo seja possível de ser cumprido, a CoronaVac precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Vamos assinar aqui o contrato de fornecimento dessas 46 milhões de doses da vacina e também a transferência dessa tecnologia do Sinovac para o Instituto Butantan, que muito em breve estará produzindo a vacina aqui na nova fábrica da vacina do Butantan”, disse Doria.
Vacina
Dessas 46 milhões de doses, seis milhões vão vir prontas da China. E as outras 40 milhões vão ser produzidas em São Paulo pelo Butantan. Além disso, tem um entendimento para o fornecimento de outras 14 milhões de doses no ano que vem. E para que as pessoas fiquem imunizadas elas precisam de duas doses da vacina que são aplicadas no intervalo de duas semanas.
“O contrato garante o fornecimento das 46 milhões de doses agora para dezembro e existe entendimento de mais 14 milhões de doses até fevereiro de 2021, totalizando assim 60 milhões de doses contra a covid-19”, continuou o governador.
O vice-presidente mundial do Sinovac disse que a intenção do laboratório chinês é que a vacina produzida em parceria com o Butantan traga a normalidade de volta não apenas para a população de São Paulo, mas de todo Brasil.
“Trabalhando junto com o Butantan nosso alvo é simples: trazer vacinas suficientes ao Brasil. Uma vacina acessível para beneficiar todo mundo no país. Esperamos no futuro, junto com a nossa vacina há outras contribuições, permitir que as pessoas voltem à vida normal. Tirem as máscaras e tenham uma vida mais feliz”, disse Meng.
A CoronaVac ainda não tem um acordo assinado para seu fornecimento pelo SUS. Mas o governo paulista acredita que as negociações com o Ministério da Saúde serão concretizadas. “Não vejo razão para que o ministro da Saúde não atue nesse sentido”, disse Doria.
Segura
Por mais que os testes da fase 3 não tenham sido concluídos no Brasil, a CoronaVac já se mostrou ser segura nas fases anteriores. Na China, mais de 50 mil voluntários foram testados e somente 5,36% tiveram efeitos adversos.
No nosso país, para os testes da fase 3 participarão 13 mil voluntários. De acordo com Dimas Covas, o Brasil tem agora sete mil pessoas vacinadas com a CoronaVac. E o cronograma é que essa fase de testes acabe dia 15 de outubro. Depois disso os dados dela serão submetidos à Anvisa.
“Esperamos que até o final de novembro esses dados estejam disponíveis para permitir o registro da vacina”, afirmou Dimas Covas.
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