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Entenda como diferenças no córtex cerebral podem explicar o comportamento antissocial

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Recentemente, uma pesquisa observou 672 participantes, comparando indícios de condutos antissociais. Dessa forma, o estudo descobriu como diferenças no córtex cerebral podem explicar o comportamento antissocial.

Para isso, a análise utilizou ressonância magnética cerebral para detectar as diferenças. Com base em relatos de pais, cuidadores e professores, bem como em relatos de problemas de conduta entre as idades de sete e 26 anos.

Pessoas assim podem ter uma estrutura cerebral diferente

Um estudo, realizado por pesquisadores do Reino Unido e da Nova Zelândia, sugere que pessoas que apresentam um comportamento antissocial, persistente ao longo da vida têm uma estrutura cerebral diferente de quem, por exemplo, só tem essa postura durante a adolescência. Com isso, a pesquisa foi publicada na revista científica The Lancet Psychiatry. Além disso, 692 participantes foram observados. Dessa forma, puderam comparar aqueles que era antissociais com outros sem indícios dessa conduta.

Após as análises, diversos resultados foram coletados e categorizados. Desse modo, 80 pessoas tinham comportamento antissocial persistente ao longo da vida, 151 apresentaram esse comportamento somente na adolescência e 441 não tinha esse histórico. Em seguida, a equipe mediu e comparou a espessura média e área de superfície do córtex dos participantes. Tudo para caracterizar a massa cinzenta de cada um dos grupos. Além de ainda, analisar outras 360 regiões do córtex.

O resultado indicou que, em comparação aos outros grupos, as pessoas com comportamento antissocial persistente apresentaram uma área superficial menor e espessura cortical mais baixa. Além disso, elas também têm o córtex mais fino, em 11 lugares e área superficial do cérebro menor em 282 das 360 regiões estudadas. “Nossa descoberta apoia a ideia de que, para a pequena proporção de indivíduos com comportamento antissocial persistente ao longo da vida, pode haver diferenças em sua estrutura cerebral que dificultam o desenvolvimento de suas habilidades sociais“, afirma a autora do estudo, Christina Carlisi.

Exceções encontradas durante a pesquisa

Por outro lado, os adolescentes que têm esse tipo de comportamento não apresentam essas diferenças. “A maioria das pessoas é assim apenas na adolescência. Provavelmente, como resultado de anos de dificuldades com interações sociais. Então, esses indivíduos não exibem diferenças estruturais no cérebro“, diz a pesquisadora. Mas mesmo assim, os autores pedem estudos de longo prazo sobre o comportamento antissocial para entender como esse padrão se desenvolve.

Na maioria dos casos, o comportamento antissocial é marcado por ações de impulsividade, rebeldia, transgressão e, até, de agressividade. Por isso, essa condição exige uma atenção especial da família e dos educadores. Em casos assim, o padrão comportamental pode trazer prejuízos psicológicos ou físicos para quem os pratica e, também, para as pessoas ao seu redor. No entanto, é preciso considerar o grau de comportamento antissocial apresentado. Em casos mais avançados, por exemplos, pode ser necessário o uso de cuidados específicos.

Casos encontrados na infância e adolescência são mais fáceis de serem tratados. Mas bem como outros caso mais avançados, também precisam lidar com intervenções da família e, também, da escola e outras comunidades. Para mais informações sobre o estudo, para entrar na página completa do artigo publicado, basta clicar aqui.

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