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Esse local mostra qual é o terrível resultado do aquecimento global

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Em Kiel, na Alemanha, uma espécie de peixe, o arenque – símbolo da região litorânea e um dos alimentos básicos dos moradores, diminuiu cerca de um terço de sua população durante os anos 1990. O mesmo tem acontecido com o bacalhau, que além de diminuir estão ficando cada vez menores.Segundo o ecologista Jan Dierking, isso pode significar que os peixes estão morrendo de fome.

Após as ondas de calor do verão passado no Mar Báltico, estrelas-do-mar e outras criaturas marinhas mais frágeis também morreram. E tudo isso são, ainda, pequenos sinais do que pode vir a acontecer com o mundo devido ao aquecimento global. O artigo original sobre as consequências do aquecimento global no Mar Báltico foi publicado no The Washington Post, em inglês.

O Mar Báltico

O Mar Báltico é como uma panela de pressão experimental da vida marinha. Um teste sobre como as espécies irão reagir, e se vão sobreviver, devido as condições que os oceanos podem vir a experienciar em um futuro muito próximo. “Muitas das pressões aconteceram muito mais cedo e mais intensamente do que em outras regiões do mundo”, afirmou o ecologista, Thorsten Reusch.

Isso, em parte, é culpa do tamanho do mar, que mede aproximadamente 1/25 do Atlântico. Além de que os países que moram ao seu redor, entre eles a Suécia, a Rússia e a Alemanha, despejam seus resíduos e poluem suas águas, assim prejudicando seus delicados ecossistemas marinhos. O resultado é que as condições estão mudando rapidamente.

Para se ter uma ideia, a temperatura do Báltico subiu cerca de três vezes a taxa média dos oceanos somente na última década. As “zonas mortas”, são regiões sem oxigênio e que acabam por aniquilar a vida dos peixes e seus habitats, expandiram cerca de dez vezes nos últimos 115 anos. E para piorar a situação, os níveis de acidificação estão aumentando.

Ao estudarem o Báltico, o cientistas estão aprendendo importantes lições sobre as questões climáticas. Um dos problemas observados por eles é de que os animais e suas fontes de alimento podem ficar fora de sincronia. Assim como ocorreu com o arenque, que estavam nascendo antes que os crustáceos do quais eles se alimentam tivessem tempo de crescer.

Potencial

A maioria dos cientistas que estudam o Mar Báltico, veem potencial na maneira como os países vizinhos têm cooperado em relação às questões ambientais do local, como a pesca excessiva e a poluição. Em 1974, um pacto ambiental foi selado por alguns países que ajudaram a reverter algumas tendências prejudiciais.

Foram restringidas a sobrepesca de algumas espécies de peixes e foram reduzidos poluentes tóxicos para reviver as populações de animais como focas, cormorões e águias que vivem próximos das costas do Báltico. No entanto, os regimes de proteção ambiental possuem deficiências. Não houveram, por exemplo, repressão aos países que permitiram grandes quantidades de escoamento agrícola no Báltico.

Em julho, as consequências de tal escoamento fizeram com que a Polônia tivesse que fechar cerca de 50 praias do Mar Báltico. Além de que, os países nos arredores do Báltico demoraram a se atentar realmente para as questões das mudanças climáticas. Segundo Reusch, os êxitos alcançados com a regulamentação da pesca estão sendo eliminados pelos efeitos do aumento das temperaturas.

Para ele, a solução para tais problemas começa muitos quilômetros além da costa. Eles exigem que as pessoas mudem seu comportamento quanto ao consumo, a forma como cultivam, como viajam, etc. Mas o ecologista ainda tem esperança de que os países nos arredores do Báltico e além possam de fato cooperar com tais mudanças.

“Acho que temos que aproveitar nossas chances. Quero dizer, qual é a alternativa? Não é uma solução viável dizer que é inútil ou não fazemos nada. Porque sempre pode piorar. Definitivamente”, concluiu Reusch.

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