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Estudo mostra que Amazônia preservada vale sete vezes mais

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O desmatamento da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, é um assunto que sempre está em pauta. Até porque, esse desmatamento não é uma coisa recente. Ele acontece há décadas e em vários estados, como no Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Maranhão, em Roraima e parte de Tocantins. Por conta dele, uma quantidade imensa de árvores é retirada da floresta, o que é preocupante e pode ter consequências drásticas para toda humanidade.

A maior parte do desmatamento é feita visando lucro. No entanto, conforme o relatório divulgado pelo Banco Mundial, o valor atribuído para a preservação da Amazônia, no caso, a manutenção da floresta no seu estado natural e sem nenhuma intervenção humana, é cerca de sete vezes maior comparado com o lucro em potencial que se teria com as atividades de exploração.

Tal descoberta mostra a relevância de se levar em consideração os benefícios econômicos de longo prazo que a conservação da floresta pode gerar. E não somente pensar em curto prazo e explorar de maneira indiscriminada os recursos da Amazônia.

Segundo o relatório, a floresta tem um papel fundamental na regulação do clima do planeta todo, além de também manter a biodiversidade, sustentar comunidades locais e ter vários serviços ecossistêmicos que são essenciais para a prosperidade e bem-estar não apenas da região, mas também do mundo todo.

Justamente por isso que é essencial que a Amazônia seja preservada como o patrimônio natural valioso que ela é, e que medidas efetivas sejam adotadas para amenizar os danos causados pela exploração econômica insustentável.

Preservação da Amazônia

Sapientia

De acordo com Marek Hanusch, líder e coordenador do relatório Equilíbrio delicado para a Amazônia Legal Brasileira, “em termos econômicos, o desmatamento é uma enorme destruição de riqueza, ameaça o clima global, ameaça a extraordinária biodiversidade e formas de vida e comunidades tradicionais”.

E conforme mostra o estudo, o desmatamento da floresta é definido como sendo uma “redistribuição ineficiente de riquezas públicas para o privado”. E o estimado é que sua preservação valha, pelo menos, 317 bilhões de dólares, cerca de 1,5 trilhão de reais, por ano.

No relatório, economistas ressaltam a importância de se preservar a Amazônia e pontuam que aumentar a produtividade nacional é o caminho para que se assegure a preservação ambiental e melhora das condições de vida da população local. Nesse ponto, eles destacam como é importante que o desenvolvimento econômico seja conciliado com a preservação ambiental.

Cálculos

Eco

Para se fazer o cálculo da exploração da Amazônia foi levado em consideração a hipótese de a área tropical ser eliminada e substituída por atividades como a agropecuária e florestas plantadas, que têm uma biodiversidade menor.

Com isso, o relatório mostrou que o custo de exploração da floresta, imaginado de forma conservadora, é de entre 43 e 98 bilhões de dólares anualmente. E se entre 20 a 35% da floresta virasse pastagem ou culturas de alta produtividade, o retorno por ano seria de 750 dólares por hectare, podendo chegar até 75 bilhões de dólares.

Já a extração de madeira não sustentável tem um lucro estimado em 10 bilhões de dólares, enquanto que a extração mineral, oito bilhões de dólares. E todos esses valores, conforme o próprio relatório ressalta, podem estar superestimados.

Claro que todas essas atividades têm seus ganhos econômicos, e também têm seus impactos ambientais e sociais.

Desmatamento

Instituto Claro

A preservação e consequentemente o desmatamento da Amazônia sempre são pautas importantes e discutidas com frequência. Para se ter uma noção, o desmatamento na Amazônia cresceu 59,5% entre 2019 e 2022. Esse crescimento foi o maior durante um mandato presidencial desde 1988, quando as medições por satélite começaram.

Além disso, entre janeiro e 30 de dezembro do ano passado, o acumulo de alertas de desmatamento na Amazônia Legal foi de 10.267 quilômetros quadrados. Essa foi a pior marca já vista na história do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

Como se isso não fosse o suficiente, existe mais de um milhão de quilômetros quadrados na floresta em degradação. E vários fatores podem provocar essa degradação. “Uma delas é pela extração seletiva de madeira, quase toda feita de forma ilegal, retirando grande número de árvores e abrindo estradas que levam à continuada degradação”, explicou o climatologista Carlos Nobre.

Para fazer essas medições existem dois programas principais que fazem o monitoramento. Os dois são operados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) através do sistema TerraAmazon.

Prodes

Um dos programas é o chamado Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). Ele foi feito com o objetivo principal de medir a extensão do desmatamento na Amazônia Legal, que são os lugares onde a floresta é removida. O programa usa imagens de satélite para fazer a detecção e mapeamento dos espaços onde a floresta foi desmatada por completo.

Deter

Como dito, o Prodes consegue fazer a medição da extensão do desmatamento, mas não da sua intensidade ou gravidades. Para isso, outros programas, como no caso do Deter, conseguem dar informações com mais detalhes a respeito da degradação da floresta.

Esse programa faz a análise das imagens de satélite de uma maneira automatizada fazendo a comparação dos registros atuais com os antigos, conseguindo assim mostrar as mudanças na cobertura da floresta. O Deter também consegue detectar desmatamento em áreas maiores do que três hectares, seja ela totalmente desmatada ou locais que são usados para exploração de madeira, mineração ou queimadas.

Fonte: Socientifica,  Canal agro

Imagens: Sapientia, Eco, Instituto Claro

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