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Existe uma razão genética para esse coelho andar em suas patas dianteiras

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Nós amamos os nossos animais de estimação e ninguém duvida disso. Os gatos e cachorros são nossos melhores amigos. Assim como peixes, lebres e até lagartos podem vir a ser também. No entanto, essa reprodução seletiva, feita pelos humanos, acabou gerando animais de estimação com hábitos bem estranhos ao longo dos anos.

Como por exemplo, o coelho Sauteur d’Alfort que está entre os mais estranhos do mundo. Essa raça rara de coelho não pula ou anda como as outras, ou até mesmo como as lebres. Quando o animal está pronto para sair de um lugar, ele coloca as patas traseiras para cima e salta para frente com as patas dianteiras.

Por mais que isso possa parecer uma característica divertida, na realidade, isso vem com outros problemas bem debilitantes. Agora, esse coelho ajudou os pesquisadores a entenderem melhor a genética do pulo nos mamíferos.

Coelho

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Os pesquisadores cruzaram um único macho sauteur com uma única fêmea de raça branca da Nova Zelândia. Depois disso eles cruzaram a prole restante. Com isso, eles criaram 52 coelhos. Desses, 23% carregavam duas cópias do gene mutante parecido com o pai original. Os números vão de encontro com as estatísticas que eram esperadas quando existe um gene recessivo envolvido em uma mutação.

Os pesquisadores reuniram o DNA de jovens sauteur e não sauteur e usaram o sequenciamento do genoma inteiro para comprar os dois grupos. E no final, como eles previram, existiu um gene que se destacou.

Essa forma estranha de saltar do coelho parece estar em uma mutação em um local conservado evolutivamente de um gene conhecido como RORB. É esse gene, que dá instruções para as células de mamíferos, para que possam criar determinadas proteínas.

As proteínas RORB geralmente são encontradas em todo o sistema nervoso do coelho. Elas ajudam a transformar  código genético em um modelo de construção de proteína. Contudo, essa mutação em particular causa uma diminuição acentuada no número de neurônios da medula espinhal que podem produzir essa proteína.

Forma de pular

Na verdade, duas dessas cópias da mutação RORB não resultaram em nenhuma proteína na medula espinhal. Por isso, estava associado à incapacidade de pular. Os outros coelhos da mesma ninhada, que conseguem pular, não tiveram essa perda de proteína.

Por conta disso, os autores concluíram que os gene RORB deve ser o que permite que os coelhos pulem. Além disso, ele também pode ser a chave para o salto de outros mamíferos.

Durante vários anos, existiu um interesse bem científico e bem grande na fisiologia e biomecânica que permitem os mamíferos, como por exemplo, cangurus, coelhos, lebres e alguns ratos, pularem. Entretanto, a genética subjacente desse feito, raramente, foi considerada.

Um dos poucos estudos descobriu recentemente que os ratos, com a mesma mutação RORB dos coelhos sauteur, também não conseguiam pular de forma normal. Ao invés disso, os roedores gingam nas patas dianteiras como um pato.

Esses efeitos da mutação RORB vão exigir mais estudos. Entretanto, é obvio que ela está envolvida de alguma forma nesse comportamento dos mamíferos. Essa foi a única variante que foi identificada em toda a sequência do genoma de coelhos que teve um impacto no salto dos animais.

Por mais que possa existir mais genes envolvidos no salto do coelho, no caso dos coelhos sauteurs tudo foi apontado a um gene apenas.

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