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Foi assim que esse atleta cego conseguiu correr livremente uma maratona

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Muita gente tem o costume de manter seu próprio bem estar em dia. Seja por meio de exercícios físicos ou mesmo os mentais, estão sempre em busca de algo que faça bem, na esperança de levar uma vida melhor. Muitos contam com a ajuda de academias, enquanto outros preferem praticar algumas atividades sozinhos mesmo. Um bom exemplo são as corridas. Existe muita gente que se acostuma a caminhar, a correr… Se transformando em um verdadeiro atleta.

No entanto, é normal que esse tipo de atividade traga implicações para pessoas com determinadas deficiências físicas. Por exemplo, já imaginou o que seria preciso para uma pessoa cega conseguir correr, sem nenhum tipo de preocupação? Parece ser algo impossível, visto que o percurso geralmente reserva situações de perigo, porém Simon Wheatcroft é um verdadeiro exemplo de superação.

A história

Já tentou fechar os olhos e atravessar os cômodos de sua própria casa? É bem provável que você acabe esbarrando e tropeçando em diversos pontos, mesmo conhecendo o ambiente. Agora imagine uma situação um pouquinho mais arriscada: fechar os olhos e atravessar uma rua movimentada, sem ajuda de ninguém. Parece impossível, não é mesmo? Bem, são situações como essas que Simon Wheatcroft precisa enfrentar todos os dias. No entanto, ele mesmo afirma que são coisas bem simples e que seus desafios são bem maiores que isso.

Wheatcroft é um homem de 35 anos que acabou perdendo a visão aos 18, devido a uma doença degenerativa. No início acreditou que sua vida havia acabado, mas decidiu que enfrentaria os obstáculos que a vida lhe impusesse. Literalmente. Ele decidiu que superaria sua deficiência, então passou a treinar. Corria todos os dias perto de sua casa, sempre com a ajuda de um corredores guia, no entanto, acreditava que precisava ensinar-se a correr sozinho.

Eu fiquei entediado exercitando em ambientes fechados, então pensei: ‘Eu vou ter uma chance de fugir‘”, diz ele. “Comecei a treinar em campos de futebol atrás da minha casa, correndo entre os postes. Então fiquei entediado, então me mudei para uma estrada fechada que conheci, até que um dia pensei que veria se eu poderia correr ao lado da via dupla ao lado da estrada…”, acrescentaDurante algum tempo, experimentou fazer algumas caminhadas lentamente, apenas para conhecer o lugar e memorizar o percurso.

A parti daí, começou a contar com a ajuda de um aplicativo, RunKeeper, que lhe dava informações sobre o local e até mesmo sobre obstáculos que poderia encontrar no caminho. Wheatcroft ganhou confiança em si mesmo e acreditou ser capaz de fazer mais por si mesmo.

Um verdadeiro atleta

Ele se transformou em um atleta de primeira categoria. Superando todos os limites e a expectativa de muita gente, passou a participar de corridas e até mesmo de ultra maratonas e vale lembrar que sempre conseguiu ir até o fim. Atualmente, seu foco é a maratona de Nova York, uma das maiores que acontecem. Embora já tenha participado dela outras duas vezes, o atleta agora traz consigo um novo desafio e uma ajuda extra: a tecnologia de arranque chamada WearWorks.

Trata-se de um “dispositivo de navegação portátil”, que de forma bem semelhante ao aplicativo que já costumava utilizar, o mostra os obstáculos que pode enfrentar durante seu trajeto. No entanto, teoricamente, este funciona de forma mais eficiente. O objetivo de Wheatcroft é se tornar o primeiro atleta cego a cobrir todo o percurso sem assistência.

Segundo ele, quando se trata de novas tecnologias desenvolvidas para deficientes visuais, o foco sempre está na acessibilidade. “Como tornamos as pessoas com deficiência visual mais móveis? Se essas tecnologias existem, eventualmente elas gotejam para as pessoas, e todas as usam“. O atleta acredita que essa maratona representa algo muito além do que já enfrentou. Um teste de estresse, de resistência… Algo extremo.

O progresso da tecnologia

Ele ainda menciona que, ao encontrar uma forma de correr ao lado de outros milhares de corredores, pode ajudar a testar essa tecnologia que poderia futuramente, ajudar milhões de pessoas cegas no mundo todo. Vale lembrar que apenas nos Estados Unidos, cerca de 70 a 80% dos deficientes visuais não possuem um emprego e sofrem com problemas de mobilidade. Imagine isso ao redor de todo o planeta…

Isso me incomoda, ver que tantas pessoas cegas não se exercitam, e muito disso é devido à falta de acessibilidade. Devemos estar em um ponto em que devamos ser capazes de resolver essas coisas. Eu quero fazer uma melhor tecnologia para a comunidade como um todo“, diz ele.

No fim das contas, tudo que o atleta precisou foi de esforço e dedicação para se adaptar à nova vida, com a ajuda de uma tecnologia que pode revolucionar a vida de deficientes visuais. Correr uma maratona é pouco para quem pretende ajudar o mundo. E que ele sirva como exemplo de superação para todos aqueles que acham que não existe mais uma saída em meio às dificuldades!

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