Fósseis encontrados na Austrália revelam um dos animais mais antigos do mundo

Avatar for Bruno DiasBruno DiasCuriosidadesoutubro 23, 2024

Os fósseis são recursos capazes de mudar o pensamento dos pesquisadores sobre como a vida em nosso planeta foi antigamente ou como determinado animal se comportava e como ele deixou de existir. Além disso, eles também podem trazer algumas revelações surpreendentes, como por exemplo, esses fósseis encontrados na Austrália que mostraram um dos animais mais antigos do mundo.

De acordo com um estudo publicado na revista Evolution & Development foi revelado a descoberta do Quaestio simpsonorum, que é uma das mais de 100 espécies multicelulares existentes no período Ediacarano, que aconteceu entre 635 e 538 milhões de anos atrás.

Essa criatura media aproximadamente oito centímetros de largura e, o mais provável, é que se movia pelo fundo do mar que, na época, tinha uma camada de microrganismos que formavam um tapete orgânico. E como nessa época os animais ainda não conseguiam cavar o sedimento, o local era bem diferente do que é visto hoje em dia.

“O mais fascinante é que ele possuía simetria bilateral, o que significa que seus lados direito e esquerdo eram espelhados. No entanto, havia uma assimetria que formava um desenho semelhante a um ponto de interrogação invertido”, explicou Mary Droser, professora da Universidade da Califórnia.

Fósseis de um dos animais mais antigos do mundo

Olhar digital

Ainda conforme a professora, ter essa simetria é um sinal de uma determinada complexidade genética. “Os humanos, por exemplo, têm simetria bilateral, mas com assimetrias, como a localização do coração e do apêndice”, disse.

Os fósseis desse que é um dos animais mais antigos do mudo foram encontrados no Parque Nacional Nilpena Ediacara, no sul da Austrália. Ao todo foram mais de uma dúzia.

“As evidências indicam que ele se alimentava do tapete orgânico enquanto se movia. O registro fóssil de Nilpena é único por preservar não só os fósseis, mas também os vestígios de seu comportamento, mostrando como esses animais, que viveram há meio bilhão de anos, se alimentavam”, comentou Scott Evans, professor da Universidade Estadual da Flórida.

Esse animal se locomovia e agia como se fosse um aspirador de pó, ou seja, se movendo de forma lenta no fundo do mar e se alimentando de nutrientes que vinham das algas microscópicas, bactérias e mais formas de vida que eram vistas nas profundezas do oceano na época.

“É um local de importância internacional. Além dos fósseis, os turistas podem visitar exposições interativas que mostram reconstruções audiovisuais desses organismos e como eles se comportavam, trazendo à vida um dos períodos mais antigos da história da Terra”, concluiu Stuart Paul, do Serviço de Parques Nacionais e Vida Selvagem dos EUA.

Fonte: Olhar digital 

Imagens: Olhar digital 

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