Geração Z tem menor quantidade de “nem-nems” desde 2012

Com certeza você vê a diferença de pensamento, posicionamento, entendimento de mundo, e vários outros aspectos, de geração para geração. A geração X, Z, millennials, e outras tantas, lidam com a mesma coisa de maneiras diferentes. No caso da geração Z, ela é a com menor número de nem-nem desde 2012.

O que é um nem-nem? O termo Neet foi introduzido na década de 1980 no Reino Unido para “Not in Education, Employment or Training”, traduzido como “Não está na educação, no emprego ou em treinamento”. O termo começou a ser usado para falar de jovens que não estavam nem trabalhando e nem estudando.

No Brasil, o conceito do termo trouxe o nem-nem para se referir aos jovens que “nem estuda, nem trabalha” muito usado em um tom pejorativo para designar quem, aind,a não entrou no mercado de trabalho.

Esse problema afeta a geração Z e é um desafio global. Para se ter uma noção, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma em cada cinco pessoas da geração Z é um nem-nem, colocando em números são 289 milhões de jovens no mundo todo nessa posição.

No nosso país, a quantidade de jovens que não trabalhavam ou estudavam começou a ser monitorada em 2012. Nesse ano, 21,8% dos jovens , entre 15 e 29 anos, estavam nesse grupo. O último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de dezembro de 2024, nele a porcentagem de jovens no grupo dos nem-nems caiu para 21,2%.

Geração Z e nem-nems

Época negócios

Conforme o relatório, a queda de jovens da geração Z no grupo dos nem-nems, aconteceu por conta da retomada da economia depois da pandemia. Isso porque, de acordo com o documento, nas crises econômicas aumenta o número de jovens desempregados e sem estudo, tanto que em 2021 a porcentagem estava em 40,2% entre os jovens de 15 e 29 anos. Em 2022, com o fim do isolamento social e chegada da vacina, a porcentagem caiu para 34,1% e para 28,7% em 2023.

Os millennials foram a geração mais afetada nos anos 2000 por conta da falta de vagas devido a uma demanda muito maior do que a oferta. Agora, os desafios enfrentados pela geração Z são outros, como por exemplo, as dificuldades econômicas e problemas com saúde mental.

Outro ponto importante a ser ressaltado é que, mesmo que a geração Z tenha o menor número de nem-nem desde 2012, a maior parte do grupo são mulheres. Segundo os dados do relatório, 3,5 milhões de  homens estão desocupados, enquanto o número de mulheres é praticamente o dobro, 6,5 milhões.

A raça, também, é algo com influência na participação dos nem-nems, visto que 3,1 milhões de pessoas brancas não estudam e nem trabalham, ao passo que a quantidade de pessoas negras nessa mesma situação é sete milhões.

Fonte: Xataka 

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