Durante muito tempo, o iPhone é fabricado na China, mas a Apple tem um plano para diversificar essa produção para fora do país, tendo a Índia como alternativa principal. Mesmo que isso não seja algo novo, ela está ganhando uma velocidade maior. No entanto, de acordo com o Financial Times, essa mudança está sendo feita de forma cautelosa, pela Maçã, para não antagonizar Pequim.
Se isso for feito de vez, a migração manufatureira pode ser uma das maiores mudanças vistas na economia global em várias décadas. Até porque, por 20 anos, o iPhone é fabricado na China, que é vista como a fábrica do mundo. Contudo, a Apple quer minimizar os possíveis riscos que a geopolítica, cada vez mais tensa e complexa, possa trazer no futuro.
Outro motivo pelo qual a empresa da Maçã quer diversificar sua produção para fora da China, é que a mão de obra não é tão mais barata como há uma década, com os salários crescendo junto com a economia do país.
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Chamada “China Plus One”, a estratégia da Apple começou a ser planejada, há anos, por várias razões. Dentre elas, as tensões comerciais com os EUA já no primeiro mandato de Trump; problemas logísticos na época da pandemia custando oito bilhões de dólares para a empresa; restrições da China para que os funcionários não usem os smartphones da Apple; e ameaças de tarifas novas nesse segundo mandato de Trump.
Com tanto tempo que o iPhone é fabricado na China, Pequim não quer que essa produção deixe o país e crie obstáculos para que o objetivo tenha sucesso, como por exemplo, querendo dificultar o movimento de técnicos chineses para a Índia, restringir exportação de equipamentos cruciais, bloquear a entrada de fabricantes chineses na Índia e criando obstáculos regulatórios a serviços da Apple.
Com isso, a Índia viu uma oportunidade e está aproveitando. Tanto que, colocou seis bilhões de dólares para incentivar a produção de smartphones e o maior conglomerado indiano, Tata, se posiciona como um parceiro chave para a Apple. Além disso, os iPhones 16 estão sendo fabricados na Índia, o que é um grande marco para o país.
Essa transição deve ser feita, cuidadosamente, pela Apple porque a China ainda é essencial em sua cadeia de suprimentos, mas a empresa não pode depender de um único país.
Fonte: Xataka
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