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Golfinhos estão usando toxinas de baiacus para ficarem drogados. Entenda

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Quem é que não gosta de golfinhos? Por mais que você nunca tenha visto um pessoalmente, é provável que tenha certa afeição por esses animais. Embora vivam nas águas, são muito conhecidos por serem bastante semelhantes a nós. Inteligentes, ciumentos e até mesmo com bom senso de humor, tudo indica que eles também tem algo a mais em comum com alguns humanos… O prazer em se drogar.

Sim, pode parecer estranho e perigoso, mas câmeras subaquáticas foram capazes de registrar o momento em que os golfinhos compartilhavam um peixe baiacu, também conhecido como peixe-balão. Para quem não conhece, tal peixe possui tetrodotoxina, uma neurotoxina presente na maior parte de seu corpo. Atua no organismo de um predador, por exemplo, bloqueando a ação de seus nervos. Ela pode ser realmente mortal, até mesmo para um humano.

Golfinhos se drogam

Pesquisadores australianos, da Universidade de Murdoch, analisaram golfinhos presentes na costa australiana em um novo estudo. Segundo o que puderam acompanhar, em diversos momentos eles mordiam um baiacu e em seguida, passavam para outro golfinho. Era como se estivessem compartilhando o peixe para que todos pudessem “sentir a brisa”.

Anos atrás, um documentário produzido pela BBC, intitulado de Dolphins: Spy in the Pod, já mostrava a mesma situação. Na época, o zoólogo e também produtor do documentário, Rob Pilley, relatou que era a primeira vez que golfinhos apresentavam comportamento parecido. Segundo ele: “Nós vimos os golfinhos lidarem com o peixe de maneira bastante suave e delicada, como se não quisessem perturbá-lo demais ou matá-lo. Como resposta, o peixe lançou suas toxinas. Os golfinhos então pareceram estar hipnotizados“.

Segundo o que indica a produção da BBC, quando os golfinhos ingerem pequenas doses da toxina, sofrem efeito narcótico em seu corpo. Isso apenas reforça a ideia de que eles estivessem apenas usando o baiacu, como se fosse uma droga compartilhada entre humanos. Enquanto isso, há cientistas que também acreditam que eles apenas sintam certa dormência e que os efeitos passam longe do que conhecemos pelos entorpecentes reais.

Perigo

Ainda segundo Pilley: “Os golfinhos são curiosos e inteligentes, então não há dúvidas de que eles investigariam um animal estranho como um baiacu. Eles podem ver o que acontece, explorar a textura, o gosto ou o cheiro dessa nova criatura no meio deles“. Mas ainda ressalta que esta pode ser uma prática perigosa e mortal, já que a toxina pode ser perigosa também para eles.

Observando por este ponto de vista, não faz sentido acreditar que a tetrodotoxina aja como um narcótico. Até porque, seu efeito pode ser muito mais mortal que o de outras substâncias que conhecemos atualmente. Por mais que consideremos o peso a mais dos golfinhos, eles ainda são mamíferos e bastariam poucas miligramas da toxina para matá-los. Alguns pesquisadores não acreditam que eles sejam capazes de mediar a quantidade, para que não seja algo maligno.

Assim, ainda estamos sob o mistério do que realmente acontece em seguida com esses golfinhos. O fato é que novos acontecimentos do tipo já foram registrados… Portanto, não é difícil acreditar que eles realmente estejam, de alguma forma, se drogando.

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