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Graham: o “super-humano” capaz de sobreviver a um acidente de carro

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Você já imaginou se todos pudéssemos sobreviver a acidentes de trânsito? Seria algo incrível, não é mesmo? Depende. Para ilustrar essa situação, um “super-humano”, chamado de Graham, foi desenvolvido para uma campanha do governo do Estado de Victoria, na Austrália. 

A escultura foi feita em parceria entre uma artista plástica, um cirurgião especializado em traumatismos e acidentes e um especialista em investigações de acidentes de trânsito. De acordo com a Comissão de Acidentes no Transporte da Austrália (TAC, na sigla em inglês), as características de Graham são as necessárias para que um humano suporte a força de uma batida de carro.

Graham

TAC

A ideia do projeto é conscientizar a população sobre a importância de tornar o trânsito mais seguro. Uma das intenções é lembrar às pessoas de que os carros têm evoluído em um ritmo muito mais acelerado que os seres humanos, e que, por conta das falhas do corpo, é necessário cuidado redobrado.

Características de Graham

O “super-humano” apresenta uma cabeça robusta e um crânio forte, pele mais espessa, peito enrugado com costelas reforçadas, um tórax inflável (que funciona como um airbag), além de pés e joelhos fortes e que podem se mover para todos os lados. Outro ponto característico de Graham é a ausência de pescoço, nariz e orelhas. 

Graham

TAC

Graham foi feito com silicone, fibra de vidro, resina e cabelo humano. Segundo a Comissão de Acidentes no Transporte, essa seria a forma que os humanos assumiriam caso tivéssemos evoluído para aguentar as forças envolvidas em um acidente de carro.

“Uma das lesões reais que temos, como humanos em um acidente de carro em alta velocidade, é a lesão no pescoço, uma fratura na coluna cervical ou deslocamento dos ligamentos quando a cabeça é jogada para frente e então para trás. A cabeça é bem pesada e, em descanso, podemos usar todos os músculos do pescoço para manter a cabeça erguida e nos mover quando precisamos”, explicou Christian Kenfield, cirurgião do Royal Melbourne Hospital.

TAC

O médico afirma que, em um acidente de carro, não temos a força para parar o movimento do pescoço, “que é tão repentino e tão contundente que frequentemente tem efeitos catastróficos”. Por isso, Graham foi desenvolvido sem pescoço. De acordo com a Comissão de Acidentes no Transporte da Austrália, o nome do super-humano não foi escolhido por nenhum motivo especial e representa apenas um “cara australiano normal”. 

Ainda segundo a comissão, “Graham é uma ferramenta educacional que vai servir à comunidade por muitos anos, como um lembrete para desenvolver um sistema de trânsito mais seguro, que vai nos proteger quando tudo der errado”.

Como o corpo humano é muito diferente daquele desenvolvido para Graham, a necessidade de cuidado e atenção no trânsito é cada vez mais necessária, visto que a estrutura corpórea humana não resiste a grandes impactos (e nós sabemos bem disso). A escultura pode ser visualizada de forma online e interativa, em uma perspectiva 360º.

Fonte: BBC

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