Guerras são sempre inúteis, não importa quem ganhe ou perca, já que a violência não é nunca uma vitória sobre a capacidade de argumentação e soluções pacíficas às quais o homem pode recorrer, mas raramente o faz. Ainda assim, existem conflitos que são inúteis até mesmo no contexto de vitória e derrota da guerra, já que não mudam em nada o contexto de batalha no qual aconteceram. Conheça aqui esses inúteis e trágicos casos:
Guerra de 1812
Quando o presidente dos EUA, James Madison, foi contra as ordens da Coroa Inglesa e removeu o embargo marítimo que evitava que outras nações fizessem comércio com a colônia norte-americana, os ingleses ficaram bastante incomodados, e começaram a atacar as embarcações do país. Isso foi em 1808.
Em 1812, a Inglaterra decidiu desistir e parou com os ataques, mas os EUA não souberam disso tão cedo, já que na época não existiam meios de comunicação ágil como o telefone ou a internet. Isso fez com que os EUA declarassem guerra aos seus colonizadores, gerando um conflito de quase 3 anos e quase 4 mil soldados feridos, num conflito que nem precisava ter acontecido.
Guerra do Barril
Esse conflito, que aconteceu em 1325, começou co a invasão de Bologna pelo povo de Modena (atual Itália), onde roubaram um barril de carvalho. Parece que era um barril importante, já que um exército foi enviado para recuperar o “tesouro”, que ocasionou em torno de 2 mil mortes antes de ser recuperado. Hoje, o tal barril está exposto na Torre do Sino como objeto de memória histórica.
Guerra dos Emus
Em 1932, esses pássaros – que são bem agressivos – começaram a invadir as fazendas australianas, mas eram rápidos demais e mesmo depois de usar muita munição, apenas um para cada dez deles era abatido. Aí os australianos desistiram e o bicho continuou sendo um ser clássico do continente.
Guerra do Lijar
Apesar de não ter nenhum morto, o conflito foi um episódio ridículo de revolta popular. Tudo aconteceu quando o então rei da Espanha, Alfonso XII, foi à Paris, e lá foi atacado pelos moradores verbal e fisicamente. Até o prefeito participou do episódio de ódio, com mais de 3 centenas de pessoas, enviando cartas oficiais e declarando uma “guerra” à França, que só ignorou as atitudes. 93 anos depois, um diplomata francês foi até Lijar e resolveu o problema.
Um cachorro do barulho
Quando um cachorro fugiu da Grécia para a Bulgária, seu dono seguiu. Acontece que os soldados do país, vendo o grego passar correndo pela fronteira, abriram fogo contra o pobre homem, e o conflito serviu de base para um conflito entre os dois países. O exército grego chegou a invadir Petrich, local onde o evento se deu. A Bulgária, por sua vez, pediu ajuda pra ONU, mas não evitou uma batalha, na qual foram mortos em torno de 100 soldados e renderam aos gregos uma multa de R$ 170 mil.
Guerra dos 335 anos
Foi na verdade uma versão antiga da Guerra Fria, já que não chegou a explodir, mas ficou na iminência por centenas de anos. Tudo começou com a disputa entre a Inglaterra e a Holanda pelas Ilhas Scilly, no Reino Unido. O que aconteceu foi uma cobrança de “indenizações” por parte de navios holandeses, que foram ignorados pelos britânicos e nunca viraram nada, mas ficaram por mais de 300 anos sem conclusão – até que diplomatas deixaram claro que não atacariam as ilhas, e na verdade nem lembravam mais disso direito.
Guerra do Futebol
Como bem sabemos, apesar de ser um esporte como qualquer outro, o futebol é capaz de idiotizar e deixar os ânimos inflamados bem rápido. E foi isso que aconteceu em 1969, quando as seleções de Honduras e El Salvador, que já não tinham relações muito boas, jogaram. O governo de El Salvador logo cortou as relações com Honduras, que por sua vez bombardeou El Salvador 18 dias depois da partida, matando entre 6 e 8 mil pessoas. E você achando que perder da Alemanha tinha sido doloroso.
E aqui algumas invenções de guerra que até hoje são usadas, provando que até na guerra existe coisa boa…
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