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A história da ”Condessa de Sangue”, que pode ter influenciado a história de Drácula

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O clássico romance escrito pelo irlandês Bram Stoker, em 1897, traz a história do famoso vampiro Drácula. O personagem, que consolidou a imagem de vampiro na cultura do século XX, tanto no cinema, quanto na TV e literatura consegue ainda ser relevante entre tantas outras obras fantásticas sobrenaturais. E sua estrutura influencia até hoje inúmeras outras obras do gênero de fantasia.

A história do conde Drácula já é bastante popular. Não tanto quanto a série de acontecimentos associados a Elizabeth Bathory, uma mulher descrita como a maldade e crueldade em pessoa, considerada como uma das assassinas mais sanguinárias da história.

A “Condessa de Sangue”, como foi propriamente chamada, traz em seu histórico um número surpreendente de vítimas. Existe uma lenda e uma história por trás de todos esses acontecimentos relacionados à ela. De uma forma ou de outra, sendo fato verídico, regado de detalhes para tornar ainda mais intrigante, ou mesmo especulação. Ela é associada a pelo menos 650 mortes e foi considerada uma das principais inspirações para a obra de Bram Stoker.

A Condessa de Sangue

Elizabeth Bathory nasceu em 1560, na Transilvânia, pertencente a uma família da nobreza húngara. Seu tio foi rei da Hungria, seu primo Stephen Bathory era o duque da Transilvânia. E continuando com a linhagem, aos 15 anos ela se casou com o conde Ferencz Nadasdy, 11 anos mais velho que ela, que era conhecido como “Cavaleiro Negro” por ser um guerreiro implacável e violento em batalhas.

Ele se ausentava muito da esposa devido as guerras, porém ainda assim mantinha o contato com ela através de cartas. Na qual ela pedia para ele detalhar suas aventuras sangrentas. O conteúdo das cartas explicitava a insanidade do casal, o qual discutiam qual a melhor forma de castigar os criados. Enquanto isso, ela usava do seu tempo livre em rituais de tortura e assassinato de camponeses. E às vezes contava ainda com a ajuda de mulheres idosas como cúmplices de seus crimes.

A lenda

Reza a lenda que a Condessa estava obcecada em se parecer jovem. Para ela, quanto mais suas vítimas resistissem mais ela apreciava. Dedos cortados, punhais cravados pelo corpo, lábios e narizes cortados com tesoura. Todas suas técnicas tinham um único propósito: sangue. Ao final, ela se banhava e bebia o sangue, talvez como uma tentativa para se manter jovem.

Por ser de uma família nobre e influente, onde seu marido não parecia se importar com seus atos, bastava escolher as vítimas certas, jovens camponesas e criadas, para não ser pega. E foi assim por um bom tempo.

Mas mesmo com todas as queixas contra, ela até chegou a ser julgada, porém foi considera louca. Negou até a morte o envolvimento nos assassinatos que foi julgada. Sua defesa alegou que o rei a queria presa para ficar com suas terras. O fato de que ela ter tido muito dinheiro, influência e poder fez com que ela ficasse impune pelos seus crimes.

No entanto, é sempre importante considerar duas coisas sobre eventos do passado. Primeiramente, que os fatos podem não ser totalmente claros, uma vez que a documentação pode ser imprecisa e não haver mais testemunhas para relatar como foi realmente. E segundo, o contexto. Muitas das maneiras supostamente usadas pela Condessa em suas sessões de tortura não eram nada incomuns naquela época.

Em todo caso, sendo verdade ou lenda, é uma história e tanto.

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