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Homem se suja com próprio sangue e forja sequestro para esposa desistir de separação

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Um homem de 47 anos se sujou com o próprio sangue e simulou um sequestro para fazer sua esposa desistir do processo de separação. Isso parece um spin-off do livro Garota Exemplar, mas aconteceu em Boiatuva, em São Paulo.

A polícia investiga a ocorrência como comunicação falsa de crime. De acordo com o boletim de ocorrência, a esposa do suspeito acionou a polícia pela manhã da última segunda-feira (30) alegando que seu marido havia sido sequestrado.

Assim, de acordo com o relato da mulher, o homem havia saído de casa na tarde de domingo (29), mas não retornou. Então, na manhã seguinte, ela afirma que recebeu mensagens no WhatsApp de uma pessoa dizendo que iria matar o marido dela.

A partir da denúncia, a Polícia Civil passou a investigar o caso. A Polícia Militar informou o órgão de que tinha localizado o homem no acostamento da Estrada Alfredo Sebastiani e que ele foi socorrido por moradores até a Santa Casa de Cerquilho. Também acharam o carro do sujeito no local.

Para investigar o caso, os policiais foram até o hospital e conversaram com o homem, que se queixava de dores no corpo. Ele estava coberto de sangue nas roupas.

Conforme descrito no boletim de ocorrência, o suspeito “apresentou uma versão bastante fantasiosa sobre os fatos”. Ele disse que foi sequestrado na noite de domingo e foi amarrado a uma árvore, onde ele passou a noite. Porém, ele conta que conseguiu se soltar e pedir ajuda.

A verdade veio à tona

Logo, os policiais foram até o local onde o suspeito disse ter sofrido o sequestro e encontraram uma sacola plástica com um kit de agulhas e seringas para a retirada de sangue. Além disso, acharam anotações sobre o crime.

Portanto, os policiais deduziram que o suspeito forjara seu próprio sequestro e ainda retirou o próprio sangue para espalhar nas roupas e simular uma suposta violência. Porém, de acordo com o BO, o homem não apresentava qualquer ferimento no corpo.

Ao ser questionado sobre os objetos encontrados, a polícia informou que o homem confessou que inventou toda a história de sequestro porque estava passando por uma crise conjugal. Com isso, ele queria comover a esposa ao ponto de fazer com que desistisse do processo de separação. A Polícia Civil informa que investigará o homem em liberdade por comunicação falsa de crime.

Garota Exemplar da vida real

sequestro falso

Reprodução

O nome Sherri Papini apareceu nos noticiários dos Estados Unidos quando iniciaram uma busca pela esposa e mãe desaparecida em 2016. Agora, seu nome é ligado à manipulação e fraude, sendo chamada até de “Garota Exemplar da vida real”.

Papini, uma dona de casa estadunidense, saiu para sua corrida diária. Porém,  ela foi reportada como desaparecida no dia 2 de novembro de 2016, depois que ela não buscou seus filhos na escolinha. Seu esposo, Keith Papini, procurou por ela, mas só achou seu celular e fones de ouvido. Assim, naquele momento, ele implorou na mídia local para que ela voltasse para casa segura.

A busca pela mulher durou três semanas ao redor da Califórnia e os estados que fazem divisa, até que ela reapareceu no dia da Ação de Graças, em 2016. Dessa forma, encontraram a mulher na estrada interestadual 5, a 240 km de casa, com um nariz inchado e marcas em suas mãos, braços e tornozelos que indicaram que alguém a amarrou. Além disso, ela estava com uma corrente na cintura e uma marca de ferro no ombro direito.

A sua história foi de que criminosos a sequestraram e a manteram em um closet. Ela até ofereceu descrições detalhadas de duas mulheres latinas para o artista do FBI. Porém, investigadores disseram que a história havia falhas.

Mesmo depois de ouvir que encontraram evidências da mentira e ficar ciente das consequências de mentir para agentes federais, Papini continuou com os detalhes de seu suposto sequestro por quatro anos, até agosto de 2020.

Desmascarada

Assim sendo, em março deste ano, o FBI conseguiu a chave para desmentir a mulher ao testar o DNA novamente e encontrar a informação de que pertencia ao ex-namorado. A teoria era de que ela estava ficando com seu ex-namorado em Orange County, a quase mil km de casa, e se machucou para sustentar seu sumiço.

O homem contou à polícia que ela estava com ele durante o “sumiço” e que ela ligou para o ex após sofrer abuso do marido. Diversas provas apontam que ela estava com seu ex, por livre e espontânea vontade, nesse período.

Dessa forma, a Justiça condenou Papini a pagar US$ 300 mil pela comunicação falsa de crime. Isso inclui os valores gastos para sessões de terapia pós-traumática e os valores gastos pela polícia e FBI na investigação.

“Estou profundamente envergonhada por meu comportamento e muito triste pela dor que causei à minha família, meus amigos, todas as pessoas boas que sofreram desnecessariamente por causa da minha história e aqueles que trabalharam tanto para tentar me ajudar”, disse ela em um comunicado divulgado por meio de seu advogado de defesa, William Portanova. “Vou trabalhar o resto da minha vida para reparar o que fiz.”

Fonte: G1

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