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Março foi o mais quente da história, fazendo Terra bater o recorde pelo 10º mês consecutivo

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Com o passar dos anos, a temperatura média de todo o mundo tem sofrido altas terríveis. Isso pode ser visto com a forte onda de calor que atingiu várias regiões do mundo em 2023. E ao contrário do que muitas pessoas pensaram, essas ondas não acabaram.

De acordo com o relatório feito pelo observatório europeu Copernicus, março desse ano foi o mais quente já registrado. Por conta disso, nosso planeta chegou ao seu 10° mês consecutivo que quebrou recordes de calor.

Temperatura

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Conforme os cientistas, cada um dos últimos 10 meses foi tido como o mais quente da história quando comparado com o mês correspondente nos anos anteriores. Ainda segundo o Copernicus, entre abril de 2023 e março de 2024 se registrou os 12 meses mais quentes da Terra, com uma temperatura 1,58°C acima da média da era pré-industrial, no século XIX.

O observatório europeu também pontuou que a principal cuasa desse calor são as emissões de gases de efeito estufa. Outro ponto é que o El Niño também está ajudando para esse aumento de temperatura nos últimos meses.

Além disso, por conta das mudanças climáticas várias consequências foram vistas no mundo todo. Como por exemplo, a seca que fez com que vários incêndios florestais acontecessem na área amazônica localizada na Venezuela, entre janeiro e março. Enquanto que no sul da África, as colheitas foram destruídas e deixaram milhares de pessoas em situação de fome.

A situação está tão grave que a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o conhecido aquecimento global já deu lugar à uma fase de fervura global.

Recordes

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O primeiro recorde de temperatura alta aconteceu em 2023, com o junho mais quente da história. Desde então, a cada mês essa marca vem sendo quebrada. Em 2023, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro bateram recordes. E esse ano, janeiro, fevereiro e, agora, março continuaram a batê-lo.

Como se isso já não fosse preocupante o suficiente, outro  preocupação é com relação ao número de dias que passaram o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5°C. Além disso, foi registrado pela primeira vez um dia com uma temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial.

Outro dado apontado pelos pesquisadores é que julho de 2023 pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, e as temperaturas médias de setembro foram as que quebraram o recorde anteriro em 0,5°C.

Habitável

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Para entender o aumento de temperatura, pesquisadores simularam aumentos da temperatura global de 1,5ºC a 4ºC, no pior cenário, com a intenção de compreender quais regiões da Terra o calor e a umidade poderiam ultrapassar esses limites.

O estudo foi feito de forma colaborativa entre a Faculdade de Saúde e Desenvolvimento Humano da Universidade da Pensilvânia (Penn State), Universidade de Purdue e o Instituto para um Futuro Sustentável, da Purdue, nos Estados Unidos.

Desde a Revolução Industrial, quando o ser humano começou a queimar combustíveis fósseis em máquinas e fábricas, a temperatura global aumentou em aproximadamente 1° Celsius.

De acordo com esse estudo, se acontecer um aumento de 2° C na temperatura global acima dos níveis pré-industriais, isso poderá afetar 2,2 bilhões de pessoas no Paquistão, e no Vale do Rio Indo, na Índia, o bilhão de pessoas que vivem no leste da China e os 800 milhões de habitantes da África Subsaariana, por ano. Isso porque o calor irá ultrapassar a tolerância humana.

Se o aumento for de 3° Celsius, a costa leste e o centro dos Estados Unidos, indo da Flórida a Nova York, e de Houston a Chicago, seriam afetados. Além deles, a América do Sul e a Austrália também seriam afetadas pelo calor e pela umidade acima do tolerado pelos humanos.

Já nos 4° Celsius de aumento, a cidade portuária de Al Hudaydah, no Iêmen, poderia ter mais de 300 dias com temperaturas perigosas no ano. Isso faria com que a cidade, que hoje tem mais de 700 mil habitantes se tornasse inabitável.

“Como resultado, bilhões de pessoas pobres sofrerão e muitas poderão morrer. Mas as nações ricas também sofrerão com esse calor e, neste mundo interconectado, todos podem esperar ser afetados negativamente de alguma forma”, disse Matthew Huber, professor de Ciências da Terra, atmosféricas e planetárias na Universidade de Purdue.

“Modelos como [os da pesquisa] são bons para calcular tendências. Mas elas não preveem eventos específicos, como a onda de calor no Oregon em 2021, que matou mais de 700 pessoas, ou em Londres, que chegou a 40°C no verão passado. E lembre-se: os níveis de calor [desse exemplo] estavam todos abaixo dos limites de tolerância humana que identificamos”, disse o bioclimatologista Daniel Vecellio, coautor do estudo.

Fonte: Olhar digital, Um só planeta

Imagesn: Olhar digital

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