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Milionário quer levar iceberg da Antártida para os Emirados Árabes Unidos

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Um empresário dos Emirados Árabes resolveu fazer algo incrível: rebocar um iceberg da Antártica para o Golfo Pérsico. Em entrevista, o empresário Abdulla Alshehi, diretor administrativo da National Advisor Bureau Ltd., explicou que o iceberg poderia ser uma fonte de água potável para o país.

A elaboração do projeto para realizar tal feito durou cerca seis anos. O iceberg, supostamente, será selecionado por satélite e poderá medir 2 quilômetros por 500 metros. Acredita-se que, para deslocá-lo até o seu destino final, o iceberg deve ‘viajar’ por dez meses.

Para realizar o projeto, um “cinturão” de metal será usad,o para evitar que o iceberg se rompa durante a longa jornada. Espera-se também que o mesmo perca até 30% de sua massa antes de atingir as águas quentes dos Emirados Árabes.

O primeiro teste de viabilidade do projeto está marcado para ser realizado ainda este ano. O objeto, no entanto, será um pequeno iceberg, que será transportado por um rebocador para a Cidade do Cabo, na África do Sul, ou Perth, na Austrália. Ao chegar no destino, será utilizado para a mesma finalidade: a coleta de água.

Para viabilizar o teste preliminar, Alshehi terá que desembolsar entre 60 e 80 milhões de dólares. A missão completa para os Emirados Árabes deve custar cerca de US$ 100-150 milhões de dólares.

A temperatura média anual é de 26 graus Celsius no Golfo Pérsico. Fazer com que a temperatura não derreta o iceberg rapidamente, é o maior desafio dos envolvidos no momento. Por esse motivo, a coleta de água está prevista para começar logo após a chegada do iceberg.

O processo de coleta, de acordo com o empresário e diretor administrativo da National Advisor Bureau Ltd., deve durar de dois a três meses. No entanto, outras medidas já estão sendo pensadas para desacelerar o processo de derretimento do iceberg.

É importante dizer que Abdulla Alshehi não foi o primeiro a pensar em realizar coletas de água a partir de icebergs. Um projeto similar foi proposto por cientistas franceses na Arábia Saudita, em 1975. No entanto, dois anos depois, o projeto fracassou. Os cientistas, na época, alegaram problemas técnicos. 

Água potável

Por ser completamente árido, os Emirados Árabes não possuem uma grande variedade de fontes de água potável. O país consome, atualmente, cerca de 15% da água dessalinizada do mundo. A ideia audaciosa será a fonte de água potável de um milhão de pessoas por cinco anos. Por outro lado, o projeto, se bem sucedido, poderia trazer outros tipos de implicações. A previsão das Nações Unidas é de que pode haver um déficit de 40% de água doce em todo o mundo até 2030.

Em contrapartida, o funcionamento das usinas de dessalinização promove uma enorme quantidade de água salgada no Golfo. Tal processo faz com que a salinidade da água do mar seja muito alta, provocando até mesmo danos à vida marinha. Além de solucionar o problema da salinidade, a presença do iceberg na costa dos Emirados poderia ocasionar um maior número de chuvas. E de visitantes também, claro. Estima-se que fontes de receita adicionais do projeto poderiam vir do turismo. 

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