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A grande muralha verde localizada na África

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A poluição está crescendo a uma taxa quase incontrolável. Três milhões de pessoas morrem ao ano com problemas respiratórios, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. É mais do que possível perceber que a qualidade do ar está piorando devido à quantidade de gases de efeito estufa emitidos em nosso dia a dia. 15,3 milhões de árvores são derrubadas e oito milhões de resíduos plásticos chegam aos mares anualmente. Isso reflete estudos de revistas como a Science ou a Nature. Estamos caminhando juntos para um mesmo destino, que aparentemente é mais distópico do que utópico. No entanto, existem outras pessoas, que também estão caminhando juntas, mas no sentido da mudança. Uma imensa muralha está sendo construída no continente africano para ajudar a salvar a vida do planeta. A grave crise no continente em 2004, como resultado da mudança climática, conseguiu mobilizar mais de 20 países. Organizações internacionais e institutos de pesquisa também foram adicionados para colaborar com o projeto da grande muralha verde localizada na África.

O objetivo é o de plantar milhões de árvores em torno do deserto do Saara para reverter o cenário caótico envolvendo as mudanças climáticas. O projeto foi lançado em 2007 após ter sido aprovado pela “União Africana” (organização internacional) e os resultados são surpreendentes. No entanto, a proposta é bem mais antiga. Em 1952, mais especificamente, já se falava sobre isso.

Resultados alcançados

A ideia era construir um muro de árvores com quase 8 mil quilômetros de extensão e 15 quilômetros de largura entre o Senegal e Djibuti. Após uma década de trabalho, os resultados já estão sendo vistos. Ainda mais em países diretamente envolvidos nessa iniciativa, como o Senegal. Aproximadamente 15% do total das árvores já foram plantadas desde então. Assim sendo, a grande muralha verde localizada na África está bem próxima de se tornar realidade.

Com um investimento de cerca de 7.000 milhões de euros (31 bilhões de reais), a missão da Grande Muralha Verde da África é dupla. Em primeiro lugar, para mitigar os efeitos das alterações climáticas. Em segundo, evitar a desertificação das terras da qual depende a sobrevivência de inúmeros agricultores locais.

Os milhões de árvores que foram plantadas pertencem à espécies nativas, como a árvore do deserto e a ameixeira. E nada disso se deu ao acaso. A escolha reside no fato de que estas árvores se adaptam ao clima da região, especificamente as acácias. Todas, em certa medida, são resistentes à seca.

Argumentos contrários

Os céticos criticam o tratamento que o Saara está recebendo. Eles acreditam que a questão está sendo tratada como uma doença quando, na realidade, é um processo natural. De acordo com estudos, “as paredes arborizadas” são contraproducentes aos objetivos de desenvolvimento. Até porque, ainda segundo alguns especialistas, funciona apenas no perímetro da área e não no problema real. Para aumentar a segurança alimentar e apoiar as comunidades locais, deveriam “criar grandes áreas de cultivo em vez de áreas estreitas”, como a parede.

Segundo dados da ONU, contudo, ao menos 500 milhões de africanos vão ver a sua qualidade de vida deteriorada devido ao aquecimento global. Além disso, cerca de 60 milhões de pessoas terão que deixar suas casas por causa da desertificação do Saara e do Sahel. O problema é real, atual e precisa de resoluções imediatas. Dessa maneira, o projeto da grande muralha verde localizada na África prosseguirá, tendo em vista que a subsistência de todas aquelas milhões de pessoas nos arredores do “muro” depende disso.

Mas e você, o que acha da iniciativa? Tem mais pontos positivos ou negativos? Não deixe de compartilhar a sua opinião conosco!

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