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Mudança climática provocou duas coisas estranhas nos pássaros da Amazônia

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Em suma, nosso planeta já tem seu longo período de existência e já passou por várias mudanças. Em suma, uma delas, que os pesquisadores consideram uma das mais drásticas, é a mudança climática. Isso vem afetando o mundo de várias maneiras diferentes e talvez caminhe para um ponto onde se torne cada vez mais difícil a nossa existência.

E os estudos apontam que até mesmo as partes mais selvagens da Amazônia, que estão ainda intocadas pelo ser humano estão sofrendo os impactos das mudanças climáticas.

Pássaros

Um exemplo disso é que as condições mais quentes e secas nos últimos quarenta anos estão diminuindo o tamanho do corpo das aves da floresta tropical e ao mesmo tempo aumentando sua envergadura. De acordo com um estudo, se acredita que essas mudanças sejam uma resposta para os desafios nutricionais e fisiológicos, principalmente durante a estação seca entre junho e novembro.

“A maior conclusão para mim é que isso está acontecendo longe de perturbações humanas diretas, como o desmatamento, no coração da maior floresta tropical do mundo. Isso é algo a se refletir no último dia da COP26”, disse Vitek Jirinec, ecologista do Centro de Pesquisa de Ecologia Integral e principal autor do jornal.

No estudo, Jirinec e sua equipe analisaram dados coletados de mais de 15 mil aves capturadas, medidas, pesadas e marcadas durante 40 anos de trabalho de campo. Feito isso, eles descobriram que quase todos os pássaros ficaram mais leves desde os anos 1980.

Mudanças

Nas mudanças, a maior parte deles perdeu uma média de 2% do seu peso corporal a cada década. Isso significa que uma espécie que pesava 30 gramas em 1980, teria agora, em média, 27,6 gramas.

Ao todo, foram analisada 77 espécies dos mais variados habitats. Indo desde o solo frio e escuro até o meio da floresta mais quente e iluminado pelo sol. As aves que viviam nos lugares mais altos, voavam mais e ficavam mais expostas ao calor sofreram as mudanças mais profundas em seu peso corporal e tamanho das asas.

Visto isso, uma das possibilidades levantadas pelos pesquisadores foi que as mudanças eram uma adaptação às pressões de energia. E também por conta do estresse térmico.

“Há um bom raciocínio teórico para explicar por que um tamanho menor é benéfico no aquecimento climático. Você pode se refrescar melhor, mas as asas maiores são mais difíceis de explicar. É por isso que propusemos a hipótese de ‘wing loading'”, disse Jirinec.

Observações

As asas mais longas e uma relação massa-asa menor tem como resultado um voo mais eficiente. Isso se parece com um avião planador com um corpo mais esguio e asas longas que o faz voar com menos energia.

Contudo, Jirinec disse que o estudo não foi feito com o objetivo de dizer se essas diferenças foram impulsionadas pela seleção natural ou então se eram resultados de diferentes padrões de crescimento baseado nos recursos disponíveis.

“Ambos são possíveis. Mas há boas evidências de que a evolução pode acontecer em intervalos curtos”, pontuou ele.

“Os pássaros amazônicos são bastante ajustados. Então quando todos na população são alguns gramas menores, isso é significativo”, acrescentou o coautor Philip Stouffer, da Louisiana State University.

E os pesquisadores acreditam que outras espécies no mundo todo, provavelmente, vão enfrentar pressões parecidas que ainda não se documentou.

Fonte: https://www.sciencealert.com/climate-change-has-done-2-odd-and-contradictory-things-to-birds-in-the-amazon

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