Imagine a seguinte situação: você sofre um horrível acidente e precisa passar por um longo e dolorido procedimento cirúrgico. No entanto, ao contrário do que todos esperavam, você é declarado como morto pela equipe médica responsável. Em seguida, acaba sendo encaminhado para uma fria geladeira de necrotério. Daí, em mais uma surpresa para todos, acaba despertando mais vivo do que nunca. Pois é, parece cena de filme mas foi mais ou menos o que aconteceu com uma mulher na semana passada.
A estrada que fica entre Carletonville e Joanesburgo, na África do Sul, é conhecida por ser sempre escura e cercada de perigos. Infelizmente, os acidentes por ali são bem frequentes e, no dia 24 de junho, mais um caso ocorreu. Quatro pessoas passavam por ali de carro quando acabaram perdendo o controle da direção e saíram da pista. O acidente foi grave e três das vítimas foram declaradas mortas assim que encontradas. A quarta foi encontrada caminhando nas proximidades do local onde tudo ocorreu, mas estava gravemente ferida.
A grande surpresa
Algumas horas depois de os corpos serem recolhidos e enviados para o necrotério, algo surpreendente aconteceu. Alguém da equipe percebeu que a pessoa dentro da geladeira ainda respirava. Ela fazia alguns gemidos e aparentava estar sentindo dores. Segundo o responsável pela descoberta: “Você nunca espera abrir uma geladeira e encontrar alguém vivo ali. É capaz de imaginar o que teria acontecido se começássemos a autópsia? Teríamos a matado!” comentou.
Embora seja bizarro, este não é um caso isolado e diversos outros ocorridos já foram registrados pelo mundo. E de quem é a culpa? Será que a equipe paramédica poderia ser chamada de incompetente? Como não perceberam que a pessoa estava viva? Bem, de acordo com Gerrit Bradnick, gerente de operações do Distress Alert, neste caso em específico todos os procedimentos, dentre protocolos e verificações, foram executados corretamente.
“O equipamento usado para determinar a vida não mostrou nenhum sinal na referida mulher. Não há relação com falta de preparo da nossa equipe. Não há prova de negligência por parte da nossa tripulação”, disse ele.
Mas afinal, o que está por trás desses casos?
Em uma rápida pesquisa pelo Google somos capazes de identificar outros casos de pacientes que acordaram depois de já estarem no necrotério. Nomes como Gonzalo Montoya Jiménez e Janina Kolkiewicz são bons exemplos. Uma condição chamada catalepsia pode ser uma das principais culpadas por esses graves acontecimentos. Foi o caso de Jiménez. Os sintomas incluem a rigidez no corpo, falta de resposta e ainda abrange algumas funções vitais, como o próprio ato da respiração, que fica quase imperceptível. Não é difícil confundir esse quadro com o de morte.
No entanto, ainda há os casos em que um medicamento pode ter culpa. Alguns podem inclusive diminuir a frequência cardíaca de forma que se torna quase impossível para os médicos detectarem alguma taxa nos pulsos. Mas é claro, se um paciente em tal condição é declaro morto, também podemos considerar que houve erro médico pois há outras formas de checagem de sinais vitais.
Também em casos de extremo frio, é possível que o processo de morte do tecido e a falência de órgãos seja retardada. Dessa forma, uma pessoa considerada “morta” por hipertermia ou que se afoga em águas extremamente geladas, podem “retornar à vida” algumas horas depois.
Em todo caso, a mulher em questão pôde ser salva antes da autópsia, mas últimos relatórios demonstram que ela ainda permanece internada e corre alguns riscos.
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