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Mulher que estava abordo do avião que caiu no Irã previu a tragédia

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Um avião ucraniano, com 176 pessoas a bordo, caiu na manhã desta quarta-feira (8), no Irã. De acordo com a Fars, uma agência estatal de notícias, a queda do Boeing-737, supostamente, ocorreu logo após a decolagem, às 6h12 (horário local), no aeroporto internacional Imam Khomeini, em Teerã.

O voo PS752 da companhia Ukraine International Airlines seguia da capital iraniana, com destino a Kiev, na Ucrânia. Ninguém sobreviveu.

Passageiros

Sheyda Shadkhoo era uma das 176 pessoas a bordo do avião da Ukraine International Airlines. Shadkhoo, cerca de vinte minutos antes do Boeing 737 decolar, ligou para falar com o marido. Segundo ele, Shadkhoo estava preocupada, com as tensões entre o Irã e os Estados Unidos. As tensões entre ambos países começaram, logo após a morte do general Qassim Suleimani.

“Ela queria que eu lhe assegurasse que não haveria uma guerra. Eu disse para ela não se preocupar. Nada ia acontecer. Ela disse ‘ok, eles estão pedindo para que eu desligue o telefone. Tchau’. Foi isso”, relatou Hassan Shadkhoo, à CNN.

Para o marido de Shadkhoo, a ligação foi uma premonição de que o avião iria cair. Além da ligação, Shadkhoo, antes de embarcar, postou uma foto no Instagram. A legenda, que acompanhava a foto, era um poema, o qual basicamente expressava um sentimento de inquietude.

“Estou indo embora, mas … o que está atrás de mim, me preocupa. Atrás de mim, atrás de mim. Estou com medo pelas pessoas atrás de mim”.

“Ela era um anjo. Eu gostaria de não estar vivo agora”, disse o homem. De acordo com uma publicação do portal UOL, o casal estava junto há 10 anos. Sheyda morava em Toronto, mas passou três semanas em Teerã, para visitar a mãe e as irmãs.

O acidente

A embaixada da Ucrânia em Teerã responsabilizou inicialmente uma falha do motor pelo acidente. Pouco tempo depois, a embaixada retirou a declaração e afirmou que qualquer comentário, sobre a causa do acidente, antes do fim da investigação, não era oficial. Até o momento, não se sabe se o episódio está relacionado com a crise militar entre os Estados Unidos e o Irã.

Em contrapartida, o governo ucraniano não descarta a hipótese de que o avião civil possa ter sido atingido por um míssil russo. Inúmeros cenários estão sendo avaliados pelo secretário de Segurança de Kiev.

Os principais fatores que estão à mesa são: um ataque terrorista, a explosão do motor ou a possibilidade de o Boeing ter sido alvo de um míssil antiaéreo. Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, decretou dia de luto nacional. Em comunicado, o presidente prometeu apurar toda a verdade sobre a tragédia.

Entre as vítimas, estão 82 iranianos, 63 canadenses, 11 ucranianos, incluindo toda a tripulação, 10 suecos, quatro afegãos, três britânicos e três alemães. A Convenção Internacional de Aviação Civil, da qual o Irã é signatário, prevê que, quem fica responsável pela investigação, é o país onde a aeronave caiu (ou de onde ela partiu). Ou seja, o Irã.

Porém, a convenção prevê também que o país fabricante, nesse caso, os Estados Unidos, e a empresa que o produziu, que é a Boeing, participem da investigação e tenham acesso às informações das caixas-pretas.

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