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Musk diz que, com IA, um dos desafios será encontrar ‘um sentido para a vida’

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A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que dá às máquinas a possibilidade de terem conhecimentos através de experiências, e permite que elas se adaptem ao seu meio e desempenhem tarefas quase da mesma maneira que um ser humano faria. A princípio, isso é uma ótima ideia. No entanto, ninguém sabe ao certo até onde essa tecnologia pode nos ajudar ou então ser a nossa ruína.

Essa preocupação tem ganhado cada vez mais força com grandes nomes, tanto do ramo tecnológico como de outros setores, juntando-se à causa. Um desses nomes é Elon Musk. O bilionário já tinha manifestado suas preocupações com relação à IA e, agora, renovou seu pedido sobre as regulamentações em uma conversa com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak na Cúpula de Segurança de IA.

Musk disse que a regulamentação “será irritante, é verdade, mas acho que aprendemos ao longo dos anos que ter um árbitro é uma coisa boa”. O encontro que aconteceu no Reino Unido foi marcado por tensões entre as pessoas que estão focadas nos possíveis riscos existenciais da IA e aqueles que se preocupam com os riscos a curto prazo, como por exemplo, aumentar a desinformação e discriminação.

Preocupações

Folha de São Paulo

Outro ponto levantado por Musk foi que a IA é a “força mais disruptiva da história”, por conta disso que em algum momento “teremos algo que é mais inteligente do que o ser humano mais inteligente”.

O resultado disso, de acordo com o CEO da Tesla, é que “chegará um ponto em que nenhum emprego será necessário. Você pode ter um emprego se quiser. Se isso faz as pessoas se sentirem confortáveis ​​ou não, ainda não está claro. Um dos desafios do futuro será como encontraremos sentido na vida”.

IA

Pixabay

Outra preocupação envolvendo inteligência artificial é um potencial nível de consciência. Em 2022, Ilya Sutskever, cientista-chefe da OpenAI, sugeriu que uma inteligência artificial avançada poderia ter um certo grau de consciência.

Com isso em mente, uma equipe composta por 19 especialistas de várias áreas criou uma lista de verificação. Através desses critérios seria possível indicar se um sistema de IA teria ou não a probabilidade de ser consciente.

De acordo com Robert Long, um dos coautores e filósofo do Center for AI Safety, esse estudo foi feito porque existia uma falta significativa de discussões em detalhes e com ponderações a respeito da consciência da inteligência artificial.

Isso era necessário porque um sistema de IA consciente tem várias implicações morais. Conforme pontuou Megan Peters, coautora e neurocientista da University of California, Irvine, colocar o rótulo de “consciente” em uma entidade muda drasticamente a maneira como ela é tratada.

Por conta disso, Long ressaltou que as empresas que estão fazendo avanços na tecnologia de IA têm que aumentar seus esforços para que os modelos criados por eles sejam avaliados quanto à sua consciência, além de planejar possíveis desenvolvimentos de IA conscientes.

A maior questão é definir a consciência em uma inteligência artificial. Para o estudo, o foco dos pesquisadores foi em “consciência fenomenal”, que é uma experiência subjetiva. Ela faz referência à experiência de ser, seja como uma pessoa, animal ou sistema de IA.

Para construir a estrutura da consciência, os pesquisadores usaram várias teorias baseadas em neurociência. Na visão deles, os sistemas de inteligência artificial que funcionam conforme várias dessas teorias têm uma chance maior de serem conscientes.

Embora concorde com essa visão, Anil Seth, Diretor do Centre for Consciousness Science da University of Sussex, pontuou a necessidade de teorias mais precisas a respeito da consciência.

No caso, para criarem seus critérios, os pesquisadores partiram de duas suposições. A primeira foi a de que a consciência está relacionada com a forma como os sistemas processam informações, independentemente se eles são compostos por chips de computador ou neurônios. A segunda foram as aplicações de teorias que se baseiam em neurociência da consciência para a inteligência artificial.

Então, eles selecionaram seis teorias e identificaram uma lista de indicadores de consciência se baseando nelas. Uma delas foi a teoria do espaço global de trabalho, que pontua que os humanos e outros animais usam vários sistemas especializados para fazer tarefas cognitivas. E mesmo que eles funcionem de forma independente, eles compartilham informações se integrando em um sistema só.

Ao final, os pesquisadores afirmam que o seu estudo não é a palavra final para essa avaliação de consciência em inteligência artificial. Além disso, eles também fazem o convite a outros estudiosos para que eles refinem essa metodologia.

Esse estudo já foi usado em sistemas de IA que existem atualmente, como por exemplo, o ChatGPT. Por mais que esse sistema tenha alguns indicadores relacionados com a teoria do espaço global de trabalho, nenhum sistema de inteligência artificial que existe se mostrou um forte candidato a ter uma consciência.

Fonte: Época negócios, Socientifica

Imagens: Folha de São Paulo, Pixabay

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