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Na Estônia, dirigir sobre o gelo só é permitido sem cinto de segurança

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Mais de 1.500 ilhas fazem parte do território da Estônia, que é um pequeno país báltico próximo à Finlândia, com 45 mil quilômetros quadrados. Na maior parte do ano, o trajeto até às duas maiores ilhas, cujos nomes são Saaremaa e Hiiumaa, é realizado por meio de balsas.

No entanto, durante o inverno os estreitos do mar Báltico congelam. Chegar até às ilhas só se torna possível, então, se a população estiver interessada em dirigir sobre as seis estradas de gelo oficiais ao redor da Estônia.

A travessia não oferece grandes riscos, já que a camada de gelo é generosa. Porém, todo cuidado é pouco nas estradas de gelo, principalmente na maior delas, a Rohuküla-Heltermaa, que tem 25 km de extensão.

Algumas regras são estabelecidas para evitar que problemas surjam. Não é permitido dirigir depois do pôr do sol, por exemplo. Também é proibido que os carros andem muito próximos uns dos outros.

Alguns semáforos implantados nas extremidades da rodovia determinam intervalos entre os automóveis que entram e saem das estradas. Além disso, veículos que pesem mais de 2,5 toneladas são proibidos.

Getty Images

Outra regra curiosa é a que diz respeito à velocidade permitida para dirigir sobre o gelo. Deve-se, necessariamente, manter o veículo abaixo de 25 km/h ou acelerar para manter a velocidade acima de 40 km/h. No intervalo entre as duas velocidades, os pneus produzem vibrações que podem quebrar o gelo que está embaixo.

Não é permitido, também, usar cinto de segurança. Isso porque, caso o gelo acabe se quebrando e o carro comece a afundar, é necessário ter condições de sair rapidamente do veículo. Por fim, os veículos não podem ficar parados sobre as estradas.

Como é natural em grandes blocos de gelo, algumas rachaduras costumam surgir. Mas esse não é um indicativo de que o gelo vai derreter ou ceder com os carros em cima. Nesses lugares, pranchas de madeira são colocadas para atuarem como pontes.

As estradas de gelo

Normalmente, as estradas de gelo são planas e lisas. Às vezes, alguns buracos surgem, mas nada fora do normal. Eles se assemelham aos buracos do próprio asfalto. Na Estônia existe a ‘Administração de Estradas’, que é responsável pela gestão das estradas de gelo no inverno. Caso algo impeça os veículos de circularem nas estradas, tudo passa a ser devidamente sinalizado.

Apesar de parecer uma alternativa assustadora, o trânsito de veículos em estradas de gelo é comum na Estônia. Centenas de carros circulam diariamente por esses locais, incluindo caminhões. Perigos poderiam ser oferecidos mais facilmente no período noturno, já que não é difícil se perder na imensidão de gelo, considerando que todo o percurso tem a mesma cor.

Porém, como as regras são bem estabelecidas e respeitadas pela população, ninguém ousa fazer a travessia após o pôr do sol, uma vez que a própria segurança é colocada em risco caso isso aconteça. Vale salientar que todas as estradas são vistoriadas como forma de perceber se a espessura do gelo ainda é mantida ou se começou o processo de derretimento.

Ademais, a circulação de pessoas, animais e meios de locomoção sobre blocos e estradas de gelo sempre aconteceram. Na Estônia, registros do século XIII indicam que cavaleiros já cruzavam o gelo a cavalo para guerrear e conquistar novos territórios.

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