NASA encontra poços lunares com temperaturas ‘confortáveis’​

Quando pensamos em espaço, a lua é um dos corpos celestes mais pesquisados, além de ter sido o único corpo celeste que o homem já pisou. As missões para o nosso satélite natural não param. Tanto que, na terça-feira dessa semana, a NASA divulgou a descoberta de locais sombreados dentro de poços na lua.

Esses lugares “sempre pairam em torno de confortáveis 17ºC”. Essa descoberta foi feita através de um estudo de um grupo de cientistas financiados pela agência espacial. Eles usaram os dados da sonda espacial Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), lançada para explorar a lua em 2009.

Segundo a NASA, esses poços e cavernas podem ser úteis na exploração lunar justamente por serem regiões termicamente estáveis. Esse é um ponto importante, no ponto de vista científico, já que algumas regiões da lua variam bastante de temperatura. Ele se aquece até 127ºC durante o dia e esfria a congelantes -173ºC durante a noite.

Poços lunares

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“Os poços lunares são uma característica fascinante na superfície da lua. Saber que eles criam um ambiente térmico estável nos ajuda a pintar uma imagem dessas características lunares únicas e a perspectiva de um dia explorá-las”, disse Noah Petro, cientista do projeto LRO.

Ainda segundo a NASA, esses poços e cavernas também podem ser úteis porque são capazes de oferecer proteções contra raios cósmicos, radiação solar e micrometeoritos.

“Dois dos poços mais proeminentes têm saliências visíveis que claramente levam a cavernas ou vazios, e há fortes evidências de que a saliência de outro também pode levar a uma grande caverna”, afirmou a agência espacial.

Volta à lua

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Essa descoberta dos poços lunares foi revelada algumas semanas antes de um outro pronunciamento importante da NASA. A agência espacial está preparando a primeira missão não tripulada do programa americano de retorno à lua, a Artemis I. Essa missão deverá decolar no fim de agosto.

E se tudo for bem sucedido nas primeiras missões da Artemis, a NASA planeja levar de novo astronautas ao nosso satélite natural até 2025. Isso funcionará como uma espécie de preparação para uma exploração científica maior, que é a primeira missão tripulada para Marte.

Os planos de levar astronautas novamente para a lua parecem realmente reais. Tanto que a conta oficial da NASA no Twitter, dedicada à exploração lunar, escreveu: “poderiam essas regiões encontradas na lua se tornar futuros habitats para astronautas?”.

Novo trajeto

lua

Sputinik news

lua está a uma distância sedutora do nosso planeta e cosmicamente longe. E mesmo depois de décadas da época da corrida espacial, ainda é bem caro e difícil chegar até o nosso satélite natural.

Mas essa jornada parece ter ficado um pouco mais fácil graças a um invenção da NASA que foi publicada recentemente. A patente da agência espacial americana não cobre uma nova peça de equipamento ou linhas de código, mas sim uma trajetória. Uma rota projetada para economizar tempo, combustível e dinheiro em uma missão para a lua, além de aumentar seu valor científico.

Em junho de 2020, o US Patent and Trademark Office concedeu e publicou a patente da NASA. A técnica pensada não tem como destino grandes espaçonaves que transportam astronautas ou rovers. Esse novo trajeto é para missões menores e com um orçamento mais restrito, aquelas missões encarregadas de fazer ciência significativa. E a primeira espaçonave que usar esse novo caminho orbital poderia fazer descobertas nunca pensadas do outro lado da lua.

Depois de fazer uma análise, a equipe encontrou uma nova trajetória de baixa energia para a lua, que é descrita na patente como um “método para transferir uma espaçonave de uma órbita de transferência geossíncrona para a lunar”.

Ela conta com a ajuda da gravidade da Terra e da lua para acelerar e desacelerar nos momentos certos. Isso diminui a quantidade de propelente necessária. Segundo a NASA, esse novo giro no auxílio da gravidade mantém o voo em aproximadamente dois meses e meio.

Essa nova trajetória também tem várias opções para deslizar uma espaçonave em uma órbita de qualquer outro ângulo e volta da lua, em praticamente qualquer momento, além de evitar uma zona de radiação em volta da Terra, chamada de cinturões de Val Allen.

Fonte: G1, Sputink news

Imagens: Twitter, Tecnoblog, Sputink news

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