Uma nuvem branca de aproximadamente 1.500 quilômetros foi observada nos arredores de Marte recentemente. A observação foi possível devido a uma missão não tripulada para estudar o planeta vermelho, chamada Mars Express, organizada pela Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Itália (AEI).
A fumaça branca, em teoria, seria devido a atividade de um dos três vulcões, o Arsia Mons, em uma região que foi chamada de Tharsis. No entanto, ela acabou sendo descartada. Há milhões de anos, segundo os pesquisadores, não acontece uma erupção vulcânica no planeta, e isso anula a hipótese inicial.
Mars Express e a nuvem misteriosa
A sonda da missão Mars Express, desde o dia 13 de setembro, tem observado a forma como a nuvem branca evolui próximo da região do vulcão. E, apesar de sua formação não ser devido a atividade vulcânica, o pico do Arsia Mons ainda seria o responsável por ela.
Meteorologistas chamam esse fenômeno de nuvem orográfica, que se formam quando o ar denso perto da superfície sobe e se expande, permitindo que ele se resfrie a uma temperatura onde a umidade se condensa em partículas de poeira, formando a nuvem.
Nuvens sobre o Arsia Mons não são tão incomuns como muitos podem imaginar. Na verdade elas podem ser vistas na maior parte do ano, e, geralmente, desaparecem nos meses que antecedem o solstício de inverno no Hemisfério Norte. Em 2009, 2012 e 2015, a Mars Express já teria capturado imagens semelhantes do fenômeno.
O surgimento dessa nuvem ajuda os cientistas a estimarem e avaliar a densidade das partículas que pairam sobre a atmosfera marciana. No começo de 2018, uma tempestade de poeira cobriu uma grande parte do planeta. Essa nuvem agora pode nos ajudar a compreender como esse processo ocorre e assim podermos aprimorar futuras missões em Marte.
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