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O estresse pode mudar o nosso DNA? Entenda o que é a epigenética

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Você, provavelmente, já se estressou alguma vez na vida. Se você acha que não, talvez tenha se estressado sem saber o que é de fato isso. O estresse é uma resposta física do nosso organismo a um estímulo. Quando nos estressamos, o nosso corpo entende que está sob ataque. Assim, muda para o modo “lutar ou fugir”. Ele libera uma mistura complexa de hormônios e substâncias químicas. E ao que tudo indica, o estresse pode mudar o DNA.

Nesse assunto, é muito provável que o termo epigenética já tenha aparecido em alguma notícia lida pelas pessoas, até porque esse é um tema que está em destaque e crescendo na área biológica. Ele se refere ao estudo da  interação entre o meio ambiente e como a genética pode ser afetada por ele.

Na visão de algumas pessoas, ele é a chance de uma possível reprogramação genética, desde que várias regras de alimentação e atividade física sejam seguidas à risca. Além de a pessoa morar no campo em algum lugar que não tenha poluição.

Já outras pessoas a veem como a maneira pela qual pode ser possível entender o motivo de pessoas que tem a mesma genética não necessariamente desenvolverem as mesmas doenças.

Epigenética

Tecmundo

Essa área da biologia estuda como o meio ambiente pode mudar a forma como os genes se comportam. Existem indícios que determinados tipos de interação ambiental pode silenciar a expressão de genes problemáticos.

No caso da expressão genética, isso quer dizer uma ativação. Isso porque determinados genes podem ficar adormecidos enquanto não acontecer alguma coisa que os coloque em funcionamento.

De acordo com estudos da epigenética, a forma como o corpo irá funcionar pode depender de fatores como a qualidade do ar, qualidade alimentar, condições sanitárias, prática de exercícios físicos, ambiente de trabalho sem estresse, entre outros. Tudo isso pode influenciar se a pessoa irá ou não desenvolver doenças ou mudança metabólicas.

Por exemplo, irmãos gêmeos que têm o mesmo DNA, mas um deles prefere ficar em casa e o outro brincar no parque. Conforme eles foram crescendo, o gêmeo 1 preferia atividades internas, em locais mais tranquilos, já o gêmeo 2 preferia os esportes de aventura. E quando eles ficaram velhos, o gêmeo 1 tinha uma vida mais saudável, e o gêmeo 2 acabou desenvolvendo câncer de próstata.

No entendimento que se tem de genética, os dois gêmeos tinham o potencial para o desenvolvimento do câncer porque os genes dos organismos deles têm uma predisposição para a doença.

Na visão epigenética, o gêmeo 2 pode ter entrado em contato com algum fator ambiental que pode ter desencadeado o desenvolvimento do câncer, enquanto o gêmeo 1 não teve esse contato.

Contudo, os fatores que podem fazer essa ativação e a expressão dos genes “defeituosos” ainda estão sendo investigados.

Dá para “apagar” genes ruins?

Tecmundo

Todos queriam que a resposta fosse “sim”, mas infelizmente não é possível. O que a epigenética consegue fazer é mudar a expressão dos genes, ou seja, o contato com o ambiente e seus elementos, pode mudar a maneira com que aquele elemento genético se comporta, mas não consegue apagar ele do DNA.

Por conta disso, a pessoa irá passar a cadeia genética para seus descendentes e eles por sua vez, irão carregar aquela predisposição ao desenvolvimento de algumas doenças, como diabete, cânceres e até vícios.

Entender a epigenética ajuda a pessoa a pensar não apenas em hábitos pessoais mais saudáveis, mas também faz com que ela reflita a respeito do ambiente em que ela o pratica.

E mesmo que ela seja usada como uma forma de prevenção, a epigenética não é garantia de que determinados genes não se manifestem ou sejam transmitidos para as gerações futuras.

Fonte: Tecmundo

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