Ciência e Tecnologia

O plano da NASA para lançar humanos em hibernação para Marte

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Em 2033, a NASA pretende enviar astronautas para Marte. A missão, segundo especialistas, será um grande desafio. Um deles é a duração da viagem. Chegar lá, sem uma tecnologia que atinja velocidades específicas, duraria cerca de 200 dias. E estamos falando apenas da ida. Os astronautas, obviamente, precisam voltar.

Além da duração da viagem, é preciso solucionar outros problemas, que envolvem desde o espaço vital, até o armazenamento de alimentos para a tripulação. Por isso, para superar esses obstáculos, uma das propostas é que os astronautas entrassem em uma espécie de hibernação.

A ideia, que por sinal até parece coisa de ficção científica, de acordo com pesquisadores da Agência Espacial Européia (ESA), não é tão louca quanto parece.

Marte

Os cientistas da ESA avaliaram quais vantagens a hibernação poderia proporcionar neste tipo de viagem. Para descobrir se o plano é viável ou não, os cientistas resolveram criar uma simulação.

“Com o projeto, trabalhamos para ajustar a arquitetura da espaçonave, a logística, proteção contra radiação, consumo de energia e projeto geral da missão”, diz Robin Biesbroek, coordenador do projeto. Ainda segundo Biesbroek, com a missão hipotética, será fácil descobrir o que fazer em caso de emergência, como lidar com a segurança e até com o impacto que a hibernação teria no grupo.

O plano considerou o envio de seis humanos para Marte.

Missão

Para que o envio de humanos, em hibernação à Marte, seja possível em 20 anos, descobriu-se que a massa da espaçonave poderia ser reduzida em um terço. Nesse ínterim, seria preciso eliminar os alojamentos da tripulação. A hibernação, então, ocorreria em pequenas cápsulas individuais.

O estado de hibernação seria induzido com a administração de medicamentos. Isso permitiria que os astronautas ficassem mais protegidos contra a radiação de partículas de alta energia. Antes de entrar em hibernação, a equipe teria que ganhar peso, como acontece com animais em estado de hibernação.

As cápsulas teriam pouca luz e a temperatura seria reduzida. Assim, seus ocupantes poderiam viajar, tranquilamente, por cerca de 180 dias. Além disso, os astronautas passariam por um período de recuperação de 21 dias, depois de acordarem. Isso, para dar um tempo de recuperação ao organismo.

Menos radiação

A exposição à radiação de partículas de alta energia é um dos maiores perigos durante as viagens espaciais. Mas como a equipe passará a maior parte do tempo em cápsulas, a radiação, ao que parece, não será um problema.

A missão deve ser amplamente automatizada e equipada com um sistema de inteligência artificial, que possa lidar com questões técnicas, até que a tripulação possa ser revivida.

De acordo com os envolvidos, a ideia de colocar os astronautas em estado de hibernação, a longo prazo, não é tão absurda. Um método semelhante foi testado e aplicado, como terapia, em pacientes com trauma e naqueles que precisam passar por cirurgias, que duram mais tempo que o normal. 

A maioria dos grandes hospitais possui protocolos que envolvem Hipotermia terapêutica. A hipotermia terapêutica é uma técnica médica, utilizada após uma parada cardíaca, que consiste no resfriamento do corpo para diminuir o risco de lesões neurológicas, aumentando as chances de sobrevivência e prevenindo sequelas, assim que o coração volta a bater.

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