Se você gosta de uma cervejinha, com certeza já se pegou sonhando em nadar numa piscina dourada, encoberta por colarinho doce e refrescante. Imagine, então, ser um peixe nadando no álcool! Pois é, graças ao estudo conduzido pela equipe do cientista Maurizio Porfiri, um peixe pôde desfrutar dessa mágica experiência. A pesquisa consistiu no seguinte: há anos Porfiri já conhecia as similaridades metabólicas do organismo do peixe-zebra em relação ao nosso, o que, portanto, o faria um bom exemplo para testes biológicos (à parte da questão de testes com animais, é claro). Para verificar quais os efeitos do álcool no organismo, Porfiri colocou o peixe para nadar em tanques com concentrações de etanol (álcool) de 0%, 0.25%, 0.50% e 1.00%. Após os testes, os resultados filmados foram esses aqui:
Tendo comportamentos sociais semelhantes aos nossos, os peixes-zebra também estão sendo usados para outras pesquisas relacionadas ao álcool. Há estudos que sugerem que o uso de álcool durante o período de formação embrionária faz com que filhotes se tornem adultos antissociais, o que pode ter relação com a gravidez humana. Se os peixes têm ressaca, ainda não se sabe responder, mas, de acordo com Porfiri, “depois de mais ou menos um dia, voltam ao comportamento normal”.