Curiosidades

O que aconteceria se o ser humano não tivesse medo de nada?

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O que é o medo se não uma reação natural? Seja por motivos grandes ou pequenos, é comum de nós experienciar momentos onde sentimos o impulso de afastar, evitar, tremer, gritar ou fugir.  Vivendo em meio selvagem, como nossos ancestrais, ou na contemporaneidade, o medo é instintivo e necessário  para perduramos nossa espécie. Este não é nada mais do que um meio  de evitar perigos e situações que nos colocam em risco.  Sentir medo, fisicamente falando, não é agradável. Mãos suadas, ansiedade e perda de controle não é algo que costuma trazer prazer para nós.

Não é de menos que as vezes nos surge a curiosidade de saber; “e se eu não sentisse medo?”. Por incrível que pareça, existe uma condição muito rara chamada síndrome de Urbach e Wiethe, que curiosamente elimina toda sensação de medo ou receio de uma pessoa. Você conseguiria se imaginar na pele de alguém que não sente medo? Uma pessoa que nada teme ?

Urbach e Wiethe

Síndrome de Urbach e Wiethe é uma doença autossômica recessiva muito rara. Ela se caracteriza pelo aparecimento de uma substância glicoproteica na pele, em mucosas e orgãos internos.
Mas o curioso sobre essa doença são as calcificações intracerebrais que podem causar certos distúrbios de comportamento. Essa síndrome, que também é conhecida por lipoidoproteinose, também se manifesta pelo aparecimento de lesões em volta das pálpebras e rouquidão na voz.

Quando essas calcificações acontecem, em uma parte do cérebro chamada amígdala, o portador da doença se torna uma pessoa que não sente medo. Em outras palavras, se imagine na seguinte situação: Um assaltante coloca uma faca em seu pescoço e ameaça lhe matar. Você olha para a faca e simplesmente diz “vá em frente e me corte”. Mas não há tensão, inquietação ou pânico, isso é simplesmente mais uma situação corriqueira no seu dia-a-dia.

SM, A mulher sem medo

O último trecho escrito no parágrafo acima não é simplesmente uma forma de exemplificar a condição dessas pessoas, mas sim um relato que realmente aconteceu. Alix Spiegel, produtora de uma radio americana e jornalista científica, conta em seu novo Podcast “invisibilia” sobre o caso de SM (codinome usado pela portadora da doença).

SM não consegue sentir medo e por isso muito das situações que ela passa em sua vida são normalmente julgadas de forma mais racional do que emocional. Se ela encontrar uma cobra venenosa em seu caminho ela simplesmente não consegue sentir a sensação de perigo ou ameaça. Ela deve julgar logicamente a situação, caso contrário, a serpente seria somente mais um obstáculo e ela seria provavelmente mordida.

Como não estamos em meio selvagem, nossas serpentes são normalmente situações urbanas como assaltos ou acidentes domésticos. No caso descrito mais acima, SM se safou por sorte. Mesmo com o assaltante ainda ameaçando de procura-la, não houve nenhum estresse ou trauma. Ela simplesmente continuo seu caminho para casa como se nada tivesse acontecido.

A vida de quem não sente medo

O medo faz parte de um conjunto de reações que temos diante do perigo. Por mais que muitas pessoas acreditem que um individuo sem medos seria  um super humano capaz de alcançar feitos maiores, ausência desse sentimento sem dúvida alguma colocaria a vida de um ser humano em risco diário. Mesmo que se avalie racionalmente situações, ainda pode vir a acontecer um ato impulsivo ou um momento de distração que consequentemente venha a ser fatal.

Vale a reflexão, se Icaro não houvesse voado tão perto do Sol, como no conto grego, ele não teria caído do céu. O medo é como o pai do personagem, ele nos adverte para enxergar o perigo e mediar riscos para que nós não nos deixemos levar pela ilusão da segurança ou o entusiasmo do momento

O que você achou da matéria? Você escolheria uma vida sem medos ou preferiria continuar da forma que já está? Deixe seu comentário e até a próxima.

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