Os Jogos Olímpicos se originaram na Grécia antiga há cerca de 3.000 anos e foram revividos no final do século 19. Pouco a pouco, se tornaram o evento esportivo mais proeminente do mundo. As Olimpíadas modernas aconteceram no ano de 1896, em Atenas/Grécia. Desde então, a competição chama atenção das pessoas e todos torcem pelos atletas dos seus países. E nos Jogos de Paris uma coisa chamou atenção do mundo todo, os nadadores que tiveram que entrar no Rio Sena.
Contudo, o fato que chamou atenção não foi a performance dos nadadores em si, mas a questionável qualidade das águas do Rio Sena. Tanto que depois que Ainsley Thorpe e Nicole van der Kaay enfrentaram as águas do rio eles tiveram um encontro com o médico da equipe da Nova Zelândia para ter conselhos do que fazer pós-triatlo.
Curiosamente, o que o médico ofereceu aos nadadores depois de saírem do Rio Sena foi duas garrafas de Coca-Cola. “Não há mal nenhum em tomar uma Coca-Cola depois de uma corrida. Se você pesquisar no Google, vai ver que isso pode ajudar”, disse Thorpe.
Nadadores bebendo Coca-Cola
Pode parecer estranho para grande parte das pessoas que os atletas bebam uma bebida cheia de açúcar logo depois de nadar em um rio poluído. Contudo, existe um truque bem popular entre os nadadores de águas abertas passado de geração a geração. O truque para evitar a infecção causada por qualquer coisa que possa estar vivendo na água é a conhecida Coca-Cola.
“O mito da Coca-Cola é verdadeiro. Muitas vezes tomamos uma depois para tentarmos nos livrar de qualquer coisa dentro de nós”, disse Moesha Johnson, australiana que competiu na maratona aquática.
Além de Johnson vários outros nadadores também usam o poder da Coca-Cola. Agora, se isso realmente é uma verdade e não somente um senso comum é outra história. De acordo com vários médicos, o refrigerante agindo como uma cura gastroenterológica tem pouco ou nenhum respaldo médico.
Sendo a Coca-Cola um auxílio de fato ou não, nas Olimpíadas desse ano os nadadores que entraram no Rio Sena tomaram várias medidas para não ficarem mal depois das provas, como por exemplo, tomar uma grande quantidade de probióticos e um gole de Coca-Cola depois de sair da água.
Observações
Dentre as várias teorias sobre a Coca-Cola, uma das mais ouvidas é que ela age como um alvejante para o trato digestivo. No entanto, de acordo com Maria Abreu, presidente da Associação Gastroenterológica Americana, o estômago saudável é mais ácido do que a bebida. Ou seja, a acidez da Coca-Cola não iria matar mais as bactérias intrusas do que o que já é natural do órgão.
“São pessoas jovens e atléticas, certo? Elas são saudáveis e seu ácido estomacal é bom e robusto”, disse Abreu, triatleta recreativa.
Mesmo assim, beber a Coca-Cola não é uma coisa totalmente aleatória. Visto que a qualidade mais importante da bebida para os atletas de resistência é o teor de açúcar alto dela. Para se ter uma noção, em um lata de 350 mL existem 39 gramas de açúcar, ou quase dez colheres de chá.
“Meu treinador me aconselhou a beber Coca-Cola para restaurar os níveis de glicogênio imediatamente. Não a Diet Coke, só a Coca-Cola pura. Nada funciona melhor que isso”, disse a nadadora americana Katie Grimes.
Além disso, os nadadores, seja no Rio Sena ou no mar, acabam bebendo um pouco da água onde estão nadando. Por conta disso, a nadadora italiana Ginevra Taddeucci toma uma Coca-Cola depois das provas, para tirar o gosto da boca. “É um gosto bem desagradável”, afirmou.
Fonte: Invest news