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É claro que a resposta pra essa pergunta é pessoal, como em toda lista e crítica cinematográfica, mas pra fazer a escolha usamos como base um júri composto pelo crítico do Estadão Luís Carlos Merten, o jornalista Carlos Primati e o cineasta Carlos Reichenbach.
Além dos filmes que estão nessa lista, existem milhares de outros que também valem menção, como toda a série de Jogos Mortais, Saló (ou 120 dias de Sodoma), a Serbian Movie, O(s) Albergue(s), o Anticristo, Audition, Centopeia Humana e tantos outros, já que da década passada pra cá, a violência passou a estar presente até em desenhos infantis.
Mas pra conferir quem foram os vanguardistas na arte da sanguinolência, aqui a lista dos especialistas:
Macbeth, de Roman Polanski, 1971
Macbeth apunhala o rei Duncan muitas vezes, e um banho de sangue falso inunda a tela. Na época, isso era bastante incomum e chocou o público. Como a mulher de Polanski, Sharon Tate, havia sido morta por Charles Manson dois anos antes, a crítica acredita que esse seja um reflexo do trauma.
Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia, de Sam Peckinpah, 1974
Um fazendeiro tortura a filha, grávida, e chega a quebrar o braço dela. O título do filme é o mandado do pai, que oferece uma recompensa a qualquer um que achar quem engravidou sua virginal filha. A produção, mexicana, é tão pesada que foi proibida na Suécia, Alemanha e Argentina.
A Marca do Diabo, de Michael Armstrong, 1970
O filme roda em torno do clássico tema das bruxas na época da Inquisição católica medieval, e já na abertura traz freiras sendo estupradas – uma cena que, ainda mais em 1970, causou furor. Houve sessões em que sacos de vômito foram distribuídos para os espectadores, pra você ter ideia.
Aniversário Macabro, de Wes Craven, 1972
O diretor de diversos filmes bons e não-tão-bons-assim de terror e suspense se superou nesse filme, em que uma gangue estupra, tortura e mata duas garotas.
Taxi Driver, de Martin Scorsese, 1976
A cena final é um clássico da sanguinolência. Neurótico, psicótico e armado, o ex-taxista arranca os dedos de um oponente com tiros, e depois segue um confronto com uma dúzia de homens e um (literal) banho de sangue.
Assassinos por Natureza, de Oliver Stone, 1994
Esse clássico, com Woody Harrelson e Juliette Lewis, conta a história de um casal de jovens delinquentes que assassina todos que vêem pela frente. Inspirado em histórias “reais” norte-americanas, é um clássico acerca dos serial killers e foras-da-lei, como Bonnie and Clyde.
Holocausto Canibal, de Ruggero Deodato, 1980
https://www.youtube.com/watch?v=7Okxgc3VJ74
Com mortes de animais e boatos acerca de canibalismo real, esse perturbador filme conta com uma das cenas mais impactantes de empalação do cinema.
Irreversível, de Gaspar Noé, 2002
https://www.youtube.com/watch?v=aDYyyasruog
Essa impactante obra argentina, que conta com Vincent Cassel e a estonteante Monica Bellucci, tem uma das cenas mais fortes já gravadas. Diferentemente dos filmes anteriores, a impressão de realidade em Irreversível é incrivelmente chocante. O filme inteiro é por si só pura violência e vertigem, e não recomendamos para quem estômago fraco.
A História de Rick, de Ngay Kai Lam, 1991
https://www.youtube.com/watch?v=yMoCXAvJvN0#t=105
Esse bizarro filme de terror e artes marciais acaba pendendo para a comédia, mas tem cenas torturantes, que incluem membros e até olhos sendo arrancados. A melhor delas é com o protagonista sendo moído vivo em uma máquina gigante.
Kill Bill 1 e 2, de Quentin Tarantino, 2003/2004
Com sangue esguichando pra todo lado, escalpos sendo decepados, pessoas em coma sendo estupradas e uma grávida levando um tiro na cabeça e sendo enterrada viva, esse é um filme de muita emoção. O que dá contrapeso a toda essa violência é a estética “tosca” de Tarantino, que deixa claros os limites entre realidade e entretenimento, mas nem por isso deixa de ser violento.
E se isso tudo te deixou muito perturbado, aqui a pior cena de violência já gravada:
Bônus: Doce Vingança
https://www.youtube.com/watch?v=TI-dqWX1iJI
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