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Os mais sinistros tratamentos médicos do passado que ainda existem

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Se você acha que os enfermos eram curadas com remedinho amargos no passado, você vai se arrepiar com a matéria de hoje. Isso porque inúmeros tratamentos anteriormente considerados eficientes pela medicina, são simplesmente dignos de calafrios. (Clique aqui para conhecer os instrumentos médicos mais sinistros que já existiram).

Como você vai conferir na lista que preparamos hoje, perfuração de crânios, picada de abelhas e muitas outras técnicas dolorosas eram vistas coma solução de inúmeras doenças, de problemas psicológicos a herpes. O mais impressionante, no entanto, é que as 10 técnicas que você vai ver abaixo existem ainda hoje e, embora tenham sido reformuladas pelos especialistas, ainda são tão bizarras quanto pareciam anteriormente.

Confira:

1. Picadas de abelhas

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A apiterapia consiste no uso de substâncias provenientes das abelhas para tratar doenças. Mas a técnica, que surgiu no século 19, não se restringe ao uso do mel, por exemplo. O veneno dessas minúsculas criaturas também faz parte desse tratamento, desenvolvido pelo médico austríaco Philip Terc. O profissional, aliás, começou a pensar na técnica medicinal quando foi picado por um enxame e, para sua surpresa, percebeu que as dores que sentia do reumatismo haviam diminuído bastante.

Depois de comprovada a eficácia no combate a alguns males, médicos do mundo todo passaram a utilizar as abelhas, seus produtos e seus ferrões para combater doenças como artrite, tendinite e herpes. Há até pesquisadores que buscam descobrir se o veneno de abelha pode ser usado no tratamento contra o câncer.

Apesar de apresentar um nível de eficácia até interessante, o grande problema mesmo está na forma de aplicação do tratamento. Isso porque, inúmeros médicos ao redor do mundo preferem realizar apiterapia da forma tradicional, fazendo com que os pacientes sejam picados por várias abelhas.

2. Larvas

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Não se assuste. Larvas ainda são usadas em ferimentos para evitar infecções e para acelerar o processo de cicatrização. Essa técnica nada bonita, foi criada há muitos anos e leva em consideração que as larvas se alimentam de tecido morto ou necrosado.

Mesmo se tratando de uma medida desesperada, muito usadas em épocas acirradas de guerra, quando os soldados não tinham como tratar seus ferimentos; hoje em dia a técnica voltou a entrar na “moda” em alguns países. Há casos até do tratamento estar incluso nos planos de saúde!

3. Parasitas intestinais

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Parece bem improvável que algo tão bizarro funcione, mas na década de 1970, cientistas perceberam que a ancilostomíase, uma infecção causada pelo parasita intestinal Ancylostoma duodenale, ajuda na prevenção e no tratamento de alergias ou doenças autoimunes. Até hoje não há pesquisas conclusivas sobre o poder desses vermes no melhoramento da saúde, mas existem médicos que usam o parasita para tratar alguns tipos de enfermidades.

4. Folhas queimadas

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Chamada pelos antigos de moxabustão, a técnica pertence a medicina chinesa tradicional e consiste em colocar rolos de folhas secas de moxa sobre os ouvidos, a boca ou o rosto do paciente e, em seguida, os queimar. Conforme quem entende do assunto, essa técnica funciona como uma acupuntura térmica”, que aplica calor sobre pontos específicos do corpo.

5. Trepanação

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A prática, bastante usada no passado, consiste em perfurar a lateral do crânio de pacientes. Conforme os especialistas no assunto, a trepanação já foi muito comum no tratamento de enxaquecas e doenças mentais.

Hoje em dia a prática conta com um uso mais restrito, realizada apenas em casos em que é necessário reduzir a pressão causada por excesso de sangue em torno do cérebro. Mas, nem por isso a técnica é menos bizarra e assustadora!

6. Engolir peixes vivos

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Na Índia existe um tratamento, nada comum, administrado por uma família há mais de 160 anos. A técnica consiste em engolir um peixe vivo e uma bolinha de remédio, cuja receita é secreta; e, nos 45 dias seguintes, ter uma dieta bastante estrita.

O indianos acreditam que milhões de pessoas já foram curadas de doenças respiratórias, como a asma, depois da aplicação do tratamento. Ainda segundo eles, o peixe é o segredo do sucesso desse procedimento, por ir limpando a garganta do paciente no caminho até o estômago.

7. Talidomida

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Esse era um medicamento muito usado na década de 1950 para combater enjoo matinal de gestantes. Acontece, no entanto, que a substância era mais forte que seus criadores poderiam imaginar e acabou resultando no nascimento de mais de 10 mil crianças com graves deformações físicas, como o garotinho da foto, que nasceu sem a mãos. Além disso, quase metade das crianças que tiveram contato com o remédio, ainda no útero, morreram nos primeiros meses de vida.

Apesar de todo terror criado pela Talidomida, o medicamento voltou novamente às prateleiras das farmácias. Hoje, no entanto, ele é usado para tratar câncer de medula óssea, mas no caso das mulheres, isso só acontece se elas tiverem certeza de que não estão grávidas.

8. Terapia eletroconvulsiva

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Choques elétricos que induzem convulsões. Essa foi uma técnica muito usada durante décadas em tratamentos de doenças psicológicas, com depressão crônica e perturbações mentais. Esse era um tratamento presente, especialmente, nos antigos manicômios, mas foi suspenso quando a comunidade científica decidiu que a prática – que causava efeitos colaterais como confusão, dores musculares, fraturas de ossos e perda de memória – não apresentava tanta eficácia quanto as pessoas supunham.

No entanto, em 2001, a Associação Americana de Psiquiatria retomou o uso da terapia eletroconvulsiva, e quase todos os países do mundo seguiram seus passos. #Medo

9. Lobotomia

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Mais antiga que a técnica apresentada acima, a lobotomia surgiu em 1930. Nessa época, pessoas com esquizofrenia e outras doenças mentais estavam sujeitas a passar por um dos tratamentos mais polêmicos da história, que consistia em desfazer as ligações do lobo frontal com outras regiões do cérebro.

Em consequência, claro, a pessoa parava de ter crises, mas se tornava atônita e incapaz de responder por seus atos. Mas, mesmo sumindo aos poucos das práticas médicas comuns, até hoje o tratamento é usado em casos extremos de epilepsia.

10. Exorcismo

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No passado – e às vezes ainda hoje -, doenças e comportamentos que fogem do comum eram classificados como influência de seres malignos sobre o corpo do paciente. Houve inúmeros casos, inclusive, de pessoas com doenças mentais que passaram por sessões super longas de exorcismo e que, no final, foram dadas como curadas.

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