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Ovelha-folha: o misterioso ser que é metade animal e metade planta

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Desde seu surgimento, o mundo animal está sempre em evolução. É como se, cada espécie, tivesse tempo para desenvolver comportamentos na intenção de se sobressair sobre os outros seres. Alguns animais desenvolveram a capacidade de se camuflar no meio que se encontram, porém, poucos conseguem fazer fotossíntese. Dentre os que conseguem está a ovelha-folha, que é uma espécie de lesma híbrida animal-planta.

Esse animal tem rinóforos, órgãos sensoriais pretos (que se parecem com os chifres das ovelhas) e uma cerata verde. Sua aparência se assemelha a ser um ser fictício, mas realmente existe.

A ovelha-folha tem pouco mais de 10 milímetros de comprimento e uma expectativa de vida de até um ano. Mesmo assim, ela tem uma habilidade incrível de adaptação. Por exemplo, ela não precisa consumir alimentos porque tem uma relação simbiótica com as algas marinhas nas quais vivem, as Avrainvillea.

Ovelha-folha

Quando consome as algas, a ovelha-folha faz a incorporação dos cloroplastos, que são os responsáveis pela fotossíntese, ao seu tecido. Além de fazer isso, o animal também conserva seus açúcares no organismo. Então, através dos cloroplastos, a ovelha-folha consegue produzir energia com a luz do sol, indiretamente, através das plantas. Assim ela fica com uma cor verde que lhe dá a possibilidade de se camuflar.

A incorporação dos cloroplastos se chama cleptoplastia e acontece quando os hospedeiros sequestram os plastídeos de algas, parcialmente ingeridos. “Imagine que você comeu uma salada e manteve o cloroplasto em seu sistema digestivo, então você só precisa se colocar no sol para fazer alimento. É conveniente para a sobrevivência”, explicou Miguel Azcuna, professor assistente da Universidade Estadual de Batangas, nas Filipinas.

A ovelha-folha é vistas nas águas rasas perto do Japão, Indonésia e Filipinas e consegue prosperar nos lugares que tem sol e são ricos em algas. De acordo com o Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia da Biblioteca Nacional de Medicina (NCBI-NLM) dos EUA, a descoberta dessa espécie aconteceu em 1993 perto da costa da ilha japonesa de Kuroshima.

Fonte: Gizmodo

Imagens: YouTube 

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