Curiosidades

Penhasco desabado revelou pegadas de 313 milhões de anos

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O conhecimento humano se dá devido a uma das principais características que diferenciam os humanos dos outros animais, a inteligência. Ela é o que nos permite estarmos em constante evolução. E ela é a responsável pelo que somos e sabemos. Como nossa história é feita por “buracos”, que são os trechos que não conhecemos, as descobertas arqueológicas vem para tentar preenchê-los.

Novas descobertas nos proporcionam uma nova perspectiva sobre alguns capítulos que passaram. E nos dão uma nova compreensão sobre a humanidade. E nem sempre essas descobertas são feitas em expedições planejadas.

Essa descoberta em específico foi bastante casual. Ela aconteceu durante uma caminhada no Parque Nacional d Grand Canyon, em 2016. E acabou revelando pegadas estranhas que foram deixadas por alguma coisa que andou por lá em algum momento da história.

Descoberta

De acordo com o estudo, essas pegadas antigas, deixadas há cerca de 313 milhões de anos, representam as primeiras pegadas que já foram encontradas nesse ambiente.

“Essas são, de longe, as trilhas de vertebrados mais antigas do Grand Canyon, que é conhecido por suas abundantes trilhas de fósseis. Mais significativamente, eles estão entre os rastros mais antigos na Terra de animais que colocam ovos com casca, como répteis, e as primeiras evidências de animais vertebrados andando em dunas de areia”, disse o paleontólogo Stephen Rowland, da Universidade de Nevada em Las Vegas.

As circunstâncias por trás dessa descoberta, que foi feita em um caminho chamado Bright Angel Trail, são ainda mais casuais do que parecem. As pegadas fósseis foram encontradas na lateral de uma pedra que caiu de um penhasco preto. Isso fez com que uma seção transversal estratigráfica da Formação Manakacha fosse exposta. Ela é uma camada de rocha que foi depositada há cerca de 315 milhões de anos.

Ou seja, se o penhasco nunca tivesse caído a rocha não teria sido achada pelos caminhantes e essas marcas antigas poderiam nunca terem sido vistas pelos humanos. Mas graças a esses eventos, os pesquisadores tiveram a oportunidade de analisar os rastros antigos. E aprender um pouco mais sobre qual tipo de animal os deixou na época em que a superfície rochosa era uma duna de areia.

Pegadas

Do outro lado da duna, é possível ver dois rastros separados que foram deixados por amniotas basais, que são espécies muito antigas de vertebrados tetrápodes. Nesse caso, podem ser a base da árvore evolutiva réptil.

O primeiro conjunto de trilhas mostra um padrão distinto de pegadas que desviam para os lados. Nesse tipo de movimento, as pernas de um lado do animal se movem sucessivamente antes que as do outro lado.

“As espécies vivas de tetrápodes, cães e gatos, por exemplo, usam rotineiramente uma marcha de sequência lateral quando caminham devagar. As trilhas da trilha Bright Angel documentam o uso dessa marcha muito no início da história dos animais vertebrados. Antes, não tínhamos informações sobre isso”, explica Rowland.

Se esse andado foi por conta da inclinação da encosta ou pela força do vento ainda não é claro. Mas essas as pegadas são as primeiras marcas de tetrápodes que já foram encontradas na Formação Manakacha. E mostram que amniotas basais habitavam essa região de dunas de areia antes da era antiga.

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