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Pessoas poderão cultivar maconha no espaço no futuro, diz ex-astronauta

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O turismo espacial sempre rodeou nossas mentes, e graças a algumas empresas ele já é realidade e logo menos chegará para um número maior de pessoas. Com essa possibilidade se tornando uma realidade, a imaginação das pessoas fica mais aflorada sobre quais experiências se pode ter no espaço. Dentre elas está o uso de drogas, como por exemplo, a maconha.

“As pessoas têm mastigado cogumelos e vários tipos de raízes e frutos desde sempre. E por isso há sempre um lugar na sociedade ou no comportamento humano para essas coisas”, disse o ex-astronauta canadense Chris Hadfield.

Quando atuava como astronauta, Hadfield voou no ônibus espacial da NASA e na nave russa Soyuz. Ele também passou um tempo na estação espacial russa Mir e na Estação Espacial Internacional (ISS). No tempo em que ele estava a bordo da ISS, ele virou uma celebridade por postar fotos e vídeos do seu cotidiano na estação. O ex-astronauta até lançou um álbum de músicas de guitarra gravado no espaço.

Como ele postava fotos de si mesmo na Estação Espacial, uma delas rendeu uma montagem em que se vê o astronauta segurando um grande saco de maconha no espaço e um dedo em sua boca fazendo um sinal de segredo.

Ex-astronauta

Olhar digital

Entretanto, o saco de maconha era, na realidade, um saco de ovos de Páscoa. O ex-astronauta levou a montagem numa boa e ainda explicou sobre o uso de maconha no espaço.

De acordo com ele, atualmente seria impossível fumar maconha na Estação Espacial. “Na estação espacial, se houver uma emergência, a tripulação é o corpo de bombeiros. Você não pode ter se intoxicado ou se embriagado ou o que quer que seja, porque se algo der errado, então você vai morrer”, explicou ele.

No entanto, isso não quer dizer que Hadfield não veja isso como uma possibilidade para o futuro. “Uma vez que a população no espaço fique grande o suficiente, uma vez que você chegar a uma situação estável o bastante, as pessoas vão querer, você sabe, uma bebida. As pessoas vão querer um pouco de maconha”, ressaltou ele.

Além de pensar que o consumo de maconha no espaço poderá ser possível no futuro, ano passado, Hadfield se juntou aos membros do conselho de uma empresa de biotecnologia chamada BioHarvest. De acordo com ele, a empresa trabalha com cannabis há anos.

Cultivo

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Por conta disso, segundo o ex-astroauta, a empresa encontrou um jeito de usar biorreatores para cultivar tricomas, que são a “pequena parte ativa que você está realmente tentando semear”.

Isso quer dizer que, ao invés de desperdiçar gastos com água, pesticidas e outras coisas necessárias para cultivar a maconha, esses biorreatores poderiam dar a possibilidade aos futuros astronautas de semear direto a parte proveitosa da maconha.

“Na verdade, está replicando o processo natural de crescimento da parte que é útil para nós, mas sem toda a planta”, explicou Hadfield.

Além disso, em agosto do ano passado, a BioHarvest revelou que tinha encontrado uma nova forma de criar estruturas estáveis parecidas com corais de múltiplas casas de cannabis. Isso, como a própria empresa explica, poderia potencialmente “revolucionar a produção de cannabis”.

Contudo, Hadfield ressaltou que por mais que haja um interesse no uso recreativo de maconha no espaço, essa não é a intenção original da tecnologia que a BioHarvest está desenvolvendo, mesmo que ela tenha um grande potencial para isso.

Maconha

Smoked buddies

Até o CEO da BioHarvest, Ilan Sobel, atentou ao fato de que “a substância ainda não está regulamentada para a Estação Espacial Internacional. Mas, uma vez que a cannabis se torne federalmente legal em todo os EUA, o processo de cultivo de canabinoides da BioHarvest pode apresentar um avanço de uma perspectiva científica biológica em um ambiente de microgravidade”.

Nesse ponto, Sobel destaca que o espaço pode ser o ambiente perfeito para se produzir canabinoides de nível medicinal. “Vemos a capacidade potencial de que canabinoides menores valiosos sejam cultivados em quantidades significativamente maiores em comparação com seu crescimento na Terra”, pontuou ele.

Portanto, até o momento, o foco não está sendo no uso recreativo de maconha no espaço, mas sim nas suas aplicações médicas. “Essas composições únicas de cannabis de espectro completo podem ter um valor significativo no fornecimento de soluções de tratamento mais otimizadas para muitas doenças paliativas, onde os compostos sintetizados atuais da farmacêutica não estão fornecendo soluções adequadas”, disse Sobel.

Foco

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O foco da BioHarvest é dar aos futuros viajantes que forem ao espaço nutrientes aprimorados à microgravidade, e não uma forma de se drogarem. Por isso que a empresa está trabalhando junto com a startup Space Tango, para modificar seus biorreatores para uso na ISS.

De acordo com a BioHarvest, alguns produtos, como por exemplo a vinia, que é um suplemento derivado de células de uva vermelha, têm sido clinicamente testados para trazer benefícios cardiovasculares.

“Isso pode ser uma benção para os astronautas, que são obrigados a estar em condições físicas máximas o tempo todo durante suas viagens espaciais”, pontuou Sobel.

“A grande vantagem para o crescimento de células em um meio de cultura é que, para uma determinada caloria de energia, ou para uma determinada dose de nutriente, é mais eficiente em termos de massa e volume. Também é possível que o cultivo de nutrientes seja necessário para os viajantes espaciais em viagens de longa duração”, disse o CEO do Space Tango, Alain Berinstain.

Foi justamente esse ponto que chamou a atenção do ex-astronauta. “O que realmente me atraiu à BioHarvest foi a escalabilidade da plataforma de biotecnologia e como ela pode resolver muitos dos problemas agrícolas que enfrentamos na alimentação de 10 bilhões de pessoas”, pontuou ele.

No que diz respeito ao consumo de maconha no espaço, Hadfiled acredita que “ainda existe um longo caminho”.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital, Smoked buddies, LinkedIn

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