História

Pirâmide do século 2 a.C. feita debaixo da terra não pode ser aberta

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São muitos os segredos que envolvem as pirâmides construídas há muitos séculos. Em Xian, na China, o mistério é ainda maior, já que, por baixo da terra, existe uma majestosa pirâmide, construída para que Qin Shihuangdi (260-210 a.C.) fosse celebrado após a morte e levasse com ele a riqueza que teve em vida. O mais curioso é que, quem olha de longe, vê apenas um morro coberto por vegetação rasteira.

Vale salientar que o morro que fica por cima da obra não é natural. Ele foi construído ali com a técnica do solo batido, na qual trabalhadores escavam uma outra região, empilham a terra e chegam a fincar plantas e árvores sobre o morro. Tudo isso para esconder o local que foi destinado à vida eterna de Qin e, com certeza, não deixar que os saqueadores soubessem do local.

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Embora já venha sendo investigado há muitas décadas, o monumento continua envolto em grande mistério, já que, até hoje, nenhum historiador ou curioso entrou na pirâmide. As escavações ao redor do monumento são proibidas, já que elas podem causar sérios danos à estrutura da construção.

Sendo assim, tudo o que se conhece sobre a pirâmide provém dos textos da época, além das investigações feitas com sondas ao redor do local. Atualmente, os registros do século 2 a.C. são a principal fonte de informações sobre a construção. Esses mesmos registros indicam que mais de 700 mil pessoas de todos os cantos da China trabalharam nas obras, que demoraram 38 anos.

Uma curiosidade a respeito de Qin é que ele unificou o país, tornando-se o primeiro imperador da China e dando início à construção da Grande Muralha. Isso explica toda a preocupação em dar a ele um local tão imponente (e escondido) para que passasse toda a eternidade.

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O exército simbólico

A pirâmide do imperador Qin é mundialmente conhecida por conta dos guardas simbólicos que protegiam o monumento. A cerca de 1,5 quilômetros da pirâmide existem mais de oito mil figuras de guerreiros em tamanho real, outras de 520 cavalos e 130 de carruagens (também em proporções naturais). Além disso, os militares portam armas de bronze reais.

Criadas com grande realismo e variedade de posições, as estátuas, que originalmente eram coloridas, pesam 260 quilos cada uma. Elas formam um verdadeiro exército, dividido em batalhões com quatro diferentes hierarquias e localizado de costas para a tumba do imperador e de frente para o antigo território inimigo. As estátuas foram descobertas por acaso em 1974, quando agricultores escavavam a região para construir poços.

pirâmide

Wikimedia Commons

Por dentro da pirâmide

Os registros aos quais os historiadores já tiveram acesso indicam que, sobre o corpo do imperador Qin, no teto da câmara subterrânea, existe um “céu de joias”. Pedras preciosas e pérolas foram incorporadas ao teto da pirâmide para representar as estrelas, o Sol e a Lua.

Um outro ponto determinado por Qin é que a estrutura contasse com seguro contra roubo. Para evitar o ataque de ladrões, armas foram preparadas para atirar automaticamente. Qualquer um que invadisse o local certamente teria uma morte violenta e esse é mais um motivo para que a pirâmide nunca tenha sido aberta. Não se sabe se as armas, de quase 20 séculos, ainda funcionariam caso alguém tentasse entrar no local.

pirâmide

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No topo da pirâmide também existe uma câmara fechada. Os arqueólogos especulam que ela tenha servido como um corredor de passagem para a alma do imperador. Acredita-se que exista ali uma grande quantidade de moedas. O caixão do imperador, por sua vez, foi colocado sobre um grande mapa da China, com os rios e mares representados com mercúrio. Isso prova que os chineses já tinham conhecimentos avançados de topografia.

Apesar das análises dos historiadores indicarem que existem muitas riquezas enterradas junto com o imperador, não há como descobrir quantas são sem que se entre no monumento. Mas, com o conhecimento que se tem hoje sobre a história de Qin e da pirâmide, é provável que lá dentro existam centenas de pedras preciosas, objetos raros, livros e até instrumentos musicais espalhados por todo o mausoléu.

Fonte: Aventuras na História

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