Startup cria carne de peixe em laboratório

Pensando no futuro da humanidade e na tendência alimentar, é preciso reinventar não apenas os hábitos alimentares, mas também de onde os alimentos vêm, como por exemplo, a carne, seja ela vermelha ou não. Por conta disso, a startup Sustineri Piscis criou uma carne de peixe em laboratório.

A ideia veio muito por conta de um dos maiores problemas atuais da humanidade: a poluição de plástico nos oceanos. Esse problema causa grandes impactos ambientais e pode gerar também um cenário de insegurança alimentar por contaminar os peixes. Justamente por isso que a carne de peixe em laboratório foi pensado por essa startup.

Para a produção, a empresa usou a técnica de cultivo celular, e ela garante que seu produto tem o mesmo cheiro e gosto e é seguro para o consumo. Segundo a Sustineri Piscis, a célula de peixe é levada para o laboratório e lá recebe cuidados para sobreviver se reproduzir.

Depois disso, os cientistas trabalham para criar uma linhagem melhorada. O resultado desse processo vai para um biorreator, com líquidos nutrientes, para fazer surgir uma massa proteica da qual surgirá a chamada carne de peixe do futuro. Essa carne tem a mesma cor, cheiro e gosto da vinda do animal.

Ainda conforme a startup, esse método evita a contaminação e preserva as espécies de peixes ameaçadas, além de também ser uma alternativa de alimento para as pessoas com uma oferta de proteína alta.

Carne de peixe de laboratório

Olhar digital

Para que essa carne de peixe de laboratório seja liberada para ser comercializada é necessária a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com Marcelo Szpilman, CEO da Sustineri Piscis, o número de peixes no mundo está diminuindo por conta da ação do ser humano, com espécies como badejo, garoupa, cherne e robalo ameaçadas.

Além disso, praticamente todos os animais marinhos estão intoxicados com metais pesados. Tanto que 80% do mercúrio presente no organismo dos seres humanos tem origem nos peixes que as pessoas consomem.

Tudo isso gera um cenário de insegurança alimentar. “Não há como dobrar o número de cabeças de gado, de galinhas e muito menos de peixes capturados. Em um futuro próximo, teremos todas as carnes por cultivo celular, incluindo picanha”, concluiu Szpilman.

Fonte: Olhar digital 

Imagens: Olhar digital 

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