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Subir escadas pode ajudar pessoas com transtornos psiquiátricos. Saiba como

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Todos nós sabemos sobre a importância de fazer exercício físico constantemente. Isso porque essa rotina produz melhorias, não somente estéticas, como também condicionamento para o praticante. Além disso, ele também é um grande aliado mental.

“Se você quer se sentir melhor, subir escadas com mais frequência pode ajudar”, aconselhou a psiquiatra Heike Tost. Ela é professora do Instituto de Saúde Mental de Mannheim, na Alemanha, e uma das autoras de um estudo que mostrou o papel importante de tarefas do dia a dia na saúde e no bem-estar.

Essa tarefas foram definidas pelos pesquisadores como “atividades sem exercício”, e incluem coisas que demandam um pouco de esforço como limpar a casa ou andar até o metrô, mas não são exaustivas ou levam tanto tempo como os exercícios físicos normais.

Atividades sem exercício

Arte e cultura

De acordo com o estudo alemão, essas atividades são benéficas principalmente para as pessoas que são suscetíveis a transtornos psiquiátricos. Isso é visto por dois motivos principais.

O primeiro é que fazer essas atividades aumenta a atenção e gera mais energia para o corpo. Além disso, as atividades sem exercício conseguem estimular o funcionamento de uma parte do córtex cerebral chamada córtex cingulado subgenual. Ela é responsável pela interação entre a atividade cotidiana e o bem-estar afetivo, além de também fazer parte da regulação das emoções.

Segundo os pesquisadores, o bem-estar sentido depois da prática de exercícios físicos normais seria, na realidade, um efeito das atividades rotineiras. “Encontramos uma associação significativa das ‘atividades sem exercício’ nas sensações de energia, porém, nenhuma influência do exercício físico no estímulo energético. Isso mostra que os efeitos positivos momentâneos das atividades físicas na vida cotidiana são, de fato, motivados por ‘atividades sem exercício'”, pontuaram eles.

Estudo

exercício

CCHR

O estudo foi dividido em duas etapas. Na primeira, 67 pessoas foram submetidas a avaliações ambulatoriais por sete dias para determinar o impacto das atividades diárias nos seus estados de atenção.

Como resultado, os pesquisadores viram que logo depois das atividades, as pessoas se sentiam mais alertas e tinham mais energia. Esses dois fatores são componentes importantes para o bem-estar e para saúde psíquica. Segundo os participantes, eles tinham um maior senso de coerência, satisfação com a vida, otimismo e autoeficiência, além da ansiedade diminuída.

Na segunda, 83 pessoas foram analisadas passando por exames de tomografia de ressonância magnética. Com isso, os pesquisadores queriam medir o volume da massa cerebral cinzenta e descobrirem quais eram as áreas do cérebro que desempenhavam um papel nas atividades diárias.

Como resultado, eles viram que as pessoas que tinham o córtex cingulado subgenual maior eram mais carregados de energia mesmo quando estavam em inatividade. Enquanto que as pessoas que tinham um volume menor de massa cerebral cinzenta nessa região, e tinham maior risco de transtornos psiquiátricos se sentiam com menos energia nos momentos sedentários.

“Por outro lado, quando exerciam atividades rotineiras, essas pessoas se sentiram ainda mais cheias de energia do que aqueles com um volume cerebral maior”, disse Heike.

Maior bem-estar

Vitat

Da mesma forma que na primeira etapa do estudo, as análises de controle mostraram que esses últimos resultados eram específicos para as atividades sem exercício.

“O mapeamento da intensidade total das atividades físicas levou a um resultado nulo, ou seja, não houve associação significativa da intensidade total da atividade física com o volume de substância cinzenta do cérebro dentro da região analisada, fortalecendo, assim, o fato de que este é um papel específico da ‘atividade sem exercício'”, escreveram os pesquisadores.

Ainda conforme o estudo, no futuro, as descobertas deles poderão ser usadas em um aplicativo de celular que irá estimular as pessoas a praticarem essas atividades sem exercício se for visto uma diminuição de energia. Outro ponto é que os pesquisadores querem analisar como esses resultados podem ajudar na prevenção e no tratamento de distúrbios psiquiátricos.

Fonte: VivaBem

Imagens: Arte e cultura, CCHR, Vitat

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